Últimas indefectivações

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Compromisso

"O clima de desconfiança que se cria entre os intervenientes de um jogo de futebol  leva à descredibilização do próprio jogo. Temos de fazer um pacto de regime de pretendemos criar condições de desenvolvimento para o negócio. A Liga está a fazer um esforço para que a terceira competição nacional, a Taça da Liga, seja levada de forma mais séria por todos, e assim criar valor.
Sou defensor desta tentativa séria de valorizar a competição, bem como de se perceber que valorizando as competições se caminha no sentido de se reduzir a diferença abismal entre os concorrentes. Só equilibrando as competições se consegue o sucesso. Isso obriga a melhorar aspectos que já não correm muito bem nas duas outras competições nacionais. Não podemos dar indicações para que as regras sejam cumpridas de forma rigorosa, e na prática as mesmas sejam interpretadas de forma leviana. Quando se pede a um treinador que dê indicações à sua equipa para que os jogadores tenham cuidado com os tackles, com as entradas por 'cima' ou com o agarrar da camisola do adversário, entre outras, não se pode deixar de ser rigoroso do primeiro ao último minuto na aplicação das regras. As faltas puníveis disciplinarmente têm uma influência decisiva no decorrer do jogo. Evitar a punição nos minutos iniciais leva a que a equipa que sofre as faltas fique desconfiado da atitude de quem dirige a partida. Assim se cria um clima de conflito, provocado muitas vezes por quem dirige, que nos leva a atitudes verdadeiramente negativas. Acreditem que a frio não ficamos satisfeitos. O que se diz a uma equipa à qual se pediu para cumprir as regras... se essas regras depois não são cumpridas?
Dizem que é para controlar, mas só descontrolam quem sente a injustiça. Seria bom que todos os agentes tivessem a oportunidade de jogar e sentir essa injustiça. Perceberiam a revolta. Não se trata de criticar erros técnicos, melhor aceites, mas da aplicação diferenciada das regras consoante o momento de um jogo."

José Couceiro, in A Bola

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