"Resolvi esperar pelas 24 horas do dia 31 de Agosto. Até lá, vou saboreando o tricampeonato e usufruindo da memória fresca de um caminho que alguns queriam que fosse de pedras, mas que, com competência e perseverança, acabou por ser de pérolas e recordes.
Esperar porquê? Porque, mais uma vez mas em versão ampliada, lendo notícias, não-notícias, rumores, perguntaram por, especulações, encomendas intermediadas fico com a sensação de uma equipa campeã logo transformada num conjunto (quase) vazio ou, na melhor das hipóteses, num queijo suíço.
O selvagem Renato no Bayern já sabemos, impossível de contrariar pelo óptimo negócio. Nico Gaitán, 6 anos depois, no Atlético de Madrid lá tem de ser, ele que disse a todos os benfiquistas, com comoção e autenticidade, o que lhe vai na alma.
Mas agora não há dia jornaleiro, minuto televisivo e decibel radiofónico que não me atormentem com tantas saídas. Ele é Ederson, ele é Lindelof, ele é Jonas, ele é Lisandro, ele é Jardel, ele é Salvio, ele é Talisca, ele é (ou nunca foi) Carrillo, ele é Grimaldo, ele é Fejsa, ele é Pizzi, ele é até o treinador Rui Vitória. Este ano é demais! Por boas razões, evidentemente.
Volto ao meu desabafo inicial. Ver para crer, ou, melhor, crer que não vou ver. Sei que este é o desejo do simples e emocional adepto que aspira pelo até agora nunca alcançado tetra. Mas percebo que, entre a continuidade (da equipa) e a oportunidade (das finanças), a emoção tem que dar lugar à razão e à sã e prudente gestão. São os custos e proveitos do sucesso. Antes assim.
São 97 dias entre hoje e o fim de Agosto. A ver vamos...."
Bagão Félix, in A Bola
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