"A nossa Selecção é hoje, na sua essência, uma entidade completamente diferente do que foi até há 20 anos. Antes da globalização, a Selecção assentava num clube - fosse o Sporting (no tempo dos 5 Violinos), o Benfica (no tempo de Eusébio) ou o FC Porto (mais recentemente). Depois da globalização, porém, deixou de haver um clube-base da Selecção. Os jogadores começaram a emigrar, e a equipa tornou-se uma manta de retalhos, com jogadores vindos daqui e dali.
Claro que, neste processo, também se ganhou muita coisa. Enquanto no passado os jogadores só estavam habituados aos despiques caseiros, passando o ano inteiro a jogar contra equipas de meia tigela, hoje os jogadores da Selecção portuguesa, actuando no estrangeiro, estão familiarizados com os grandes palcos.
Fenómeno idêntico se passou com a selecção brasileira, embora noutra escala e com piores resultados. O Brasil fornece futebolistas para o Planeta inteiro, mas tem uma selecção fraca. E a Argentina, produtora de estrelas de primeira grandeza, também não consegue rentabilizar totalmente o seu imenso potencial humano.
Entretanto, no Mundo globalizado, ainda há selecções que assentam em equipas de clube, com óptimos resultados. Estão neste caso a Espanha, que replica o modelo de jogo do Barcelona, e a Alemanha, que assenta no Bayern Munique. Somando perdas e ganhos, é indiscutível que a Selecção portuguesa, ao contrário da brasileira ou mesmo da argentina, ficou a ganhar com a internacionalização dos nossos jogadores. Esperemos que na Albânia esta realidade volte a confirmar-se... "
PS: Acreditando no Brunão, a actual Selecção nacional, é o espelho do Sporting... os resultados e as exibições parecem confirmar!!!
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