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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A Liga vai nua

"Mário Figueiredo foi eleito há um ano e meio para a liderança da Liga Portuguesa de Futebol Profissional contra o “regime” que há décadas vigorava. Era um homem contrapoder e por isso foi tão bem recebido fora desse poder vigente como mal recebido dentro dele. Era uma espécie de António Marinho e Pinto do futebol, que vinha pôr em causa os interesses instalados. O saldo arrisca-se a ser um enorme fracasso. Ou pelo menos uma desilusão.
A convocatória de uma assembleia geral extraordinária da Liga para o destituir, proposta por 14 clubes, é um sério embate na sua liderança, que pode ruir aos pés dos clubes que o querem destituir. Figueiredo afirmou-se como um homem que vinha proteger os clubes mais fracos da supremacia financeira (e não só) dos mais fortes, abrindo guerra não só contra clubes como o Futebol Clube do Porto e o Sporting de Braga (que agora fazem parte, para não dizer que lideram, o movimento que o quer derrubar), mas também contra a inexpugnável Olivedesportos de Joaquim Oliveira.
Ora o grande ataque que lhe está a ser feito é precisamente quanto à sua capacidade de gestão. Quanto à capacidade não apenas de distribuir mas sobretudo de gerar receitas. Só um contramovimento de clubes de futebol poderia demonstrar a sua força: que aqueles que ele prometeu defender se sentem defendidos.
Ainda é cedo para perceber o que vai acontecer. Mas fica claro que para enfrentar poderosos não basta ser sério e corajoso. É preciso ter qualidades, méritos, ser bom. É esse o ponto que aqueles que querem derrubar Mário Figueiredo estão a atacar.

PS: A exibição de Roberto esta semana contra o Benfica foi um espectáculo monumental em si mesmo. E foi uma óbvia vingança de um guarda-redes que foi ridicularizado no nosso país, onde passa (ou passava) por “frangueiro”.
O Benfica merecia ter marcado, pois massacrou a baliza do adversário. Mas, ao mesmo tempo, Roberto merece um aplauso de pé pelo espectáculo de futebol que nos ofereceu e pela prova de superação que demonstrou ser possível."

1 comentário:

  1. O Roberto continua a ser um frangueiro. As "grandes" defesas, seis, em três ou quatro foi culpa dos avançados do Benfica. E foram todas por baixo, onde se sente bem. E não agarrou a bola em NENHUMA das vezes. O que mudou foi a sorte, que quase nunca teve "nesta" dose quando esteve "deste" lado.
    Vingança? Muito pontual. Aqui teve oportunidades de sobra que muitos outros não tiveram. Por exemplo, o Moreira!

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