"Hoje, a nação benfiquista vai a votos. Dois candidatos, Luís Filipe Vieira, que concorre a um quarto mandato e Rui Rangel, o challenger que há três anos apoiou Bruno Carvalho, vão saber, logo mais, quem recolhe a preferência dos seus consócios.
Apesar da evitável crispação patente nos últimos dias, a campanha eleitoral foi proveitosa. Ficou a saber-se, com clareza cristalina, por parte de Vieira, da intenção de colocar ponto final na ligação do Benfica à Olivedesportos (solução que, aliás, Rangel nunca renegou...), consta igualmente das promessas do presidente recandidato uma adequação de quotas e bilhetes à realidade da crise que o país atravessa e ficou a perceber-se a natureza das contas encarnadas, matéria normalmente árida que, desta feita, ocupou horário nobre das candidaturas.
O Benfica, ao contrário do que sucedeu em 2006, quando ninguém se apresentou para afrontar Vieira nas urnas, acabou por manter a vitalidade democrática que faz parte do seu ADN e nem mesmo o novo preceito estatutário dos 25 anos de sócio efectivo como condição para ser presidenciável (continuo a dizer que, embora o princípio esteja correcto, 14 anos chegariam perfeitamente para evitar os arrivistas) impediu fosse o que fosse.
Hoje, como é estatutário, haverá uma discriminação positiva dos sócios com mais anos de ligação ao clube. Num clube com a grandeza do Benfica este deve ser um princípio a preservar, sob pena da conjuntura poder vir a influenciar a estrutura.
Provavelmente antes da meia-noite (voto electrónico...) saber-se-á quem sucede a Vieira, se o próprio Luís Filipe Vieira, se Rui Rangel. A seguir, bom seria se as intenções de processos judiciais entre ambos ficassem fechadas na gaveta do bom senso..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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