"Mais grave do que as três horas de atraso que o Benfica trouxe da Rússia eram os três pontos de atraso. Confesso que me senti revoltado comigo mesmo. Dei por mim a festejar um golo do Barcelona (clube de que não simpatizo) contra o bravo Celtic (clube de que tanto gosto) no último minuto de descontos. Tive vergonha de mim mesmo e de festejar aquele golo, mas festejei. A verdade é que sem aquele golo o Benfica estava meio eliminado, e assim, depende de si, e de vencer os jogos em casa para se qualificar para os oitavos de final da Liga dos Campeões. Se não ganhar em casa ao Spartak de Moscovo e Celtic de Glasgow o Benfica não merece ser apurado.
Não percebo porque jogando a meio da semana na longínqua Rússia temos de jogar em Barcelos já no sábado e não domingo como faria sentido. No último ano, foi depois da deslocação a São Petersburgo que tivemos aquele apagão em Guimarães e foi depois de um jogo europeu que fomos apagados em Coimbra. Depois dos jogos europeus todas as equipas se ressentem, mas o Benfica tem tido nesse capítulo demasiadas quebras. Na última época em Barcelos, sem Cardozo e sem Luisão, o Benfica deixou 2 pontos. Esperemos acabar amanhã com esta má sina e vencer como precisamos, para continuar na frente do campeonato. O jogo de Barcelos é de importância capital.
Os adeptos benfiquistas contam os dias para o regresso do Luisão. Sentimos isso em Moscovo. Veremos, no fim dos dois meses, os danos causados pelo castigo, mas presumo que interna e externamente serão grandes. Se internamente os responsáveis e treinadores sempre dizem que há alternativas, nós adeptos sabemos que os melhores são muito dificilmente substituídos. Por isso Matic fará muita falta no próximo jogo europeu e Luisão fará falta amanhã. Mesmo assim o caminho é ganhar... ganhar."
Sílvio Cervan, in A Bola
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