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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Presidente na Casa do Benfica de Vila Real de Santo António

“Permitam-me que comece a minha intervenção por agradecer a vossa hospitalidade, a vossa dedicação, o vosso trabalho. É um orgulho estar aqui. É um orgulho poder associar-me à inauguração de mais uma Casa do Benfica com a nova imagem, sabendo de antemão todo o esforço que foi necessário da vossa parte. Há uma imensidão de gente que diariamente trabalha para o SL Benfica e que raramente tem o reconhecimento que merece. E esta é uma nota que aqui queria deixar, porque sou testemunha desta realidade, e sou grato – enquanto presidente do SL Benfica – por poder beneficiar do empenho e da entrega de tantas e tantas pessoas. A vossa dedicação deve ser destacada e reconhecida, porque muito do sucesso e da recuperação do Sport Lisboa e Benfica passou pelo esforço diário que sempre colocaram a favor do Clube. A maior parte das vezes é um trabalho invisível, mas fundamental para termos conseguido chegar onde chegámos. Permitam-me por isso que agradeça, na pessoa do presidente da Casa do Benfica de Vila Real de Santo António, César Costa, a toda a Direcção da Casa e a todas as pessoas que trabalharam e tornaram possível chegar até aqui.
Quem me conhece sabe que sempre coloquei as Casas do Benfica como uma das prioridades da nossa estratégia, porque é da soma das muitas Casas do Benfica espalhadas pelo País que conseguimos manter a dinâmica de crescimento de um Clube que é nacional, que une o País, que se afirma como símbolo de Portugal em todo o Mundo. Quando olho para esta sala, descubro aquilo que o Benfica tem de melhor: os seus sócios e adeptos. Sem vocês nada disto faria sentido. Sem vocês, seguramente, não estaríamos aqui hoje.
Nunca fui - enquanto presidente do Benfica - nem demagógico, nem ligeiro. Como em tudo na vida tem de haver ambição, mas ao mesmo tempo equilíbrio e bom senso nas decisões. Por isso e por outras coisas conseguimos trazer o Benfica até aqui. E há uma coisa que quero deixar bem clara para todos os benfiquistas: entre a demagogia e a realidade vou sempre decidir com seriedade e realismo. Decido sempre em função do interesse e do benefício do Clube. O Benfica fez um grande esforço para manter o actual plantel num tempo que todos reconhecem ser muito difícil do ponto de vista financeiro. Há quatro meses pensei que teríamos de fazer um sacrifício maior. Fui dos primeiros a alertar que o futebol não pode viver à margem da realidade e que não pode viver acima das suas possibilidades. Portanto, para mim as opções são claras: A vida do Clube está bem acima de qualquer visão de curto prazo, porque o curto prazo já significou – num passado ainda recente - o princípio do fim do Clube. E isso não quero, nem vou permitir que se repita.
Tenho orgulho em todo o trabalho realizado até aqui e não seria eu, seguramente, a pôr em causa tudo o que até aqui foi feito. Perdemos dois jogadores influentes, sem dúvida! Mas vamos ganhar mais três ou quatro com igual ou maior influência, porque a vida é feita de ciclos e os jogadores que cá ficaram vão provar que têm valor para substituir os que partiram. Só há um jogador na vida do Benfica que não tem substituto, nem a nível de talento, nem ao nível dos afectos, que é Eusébio da Silva Ferreira. Na vida, como no futebol, não há insubstituíveis. Por isso repito aquilo que já disse há alguns dias: confio na equipa do Benfica, no seu talento e na sua dedicação. Para mim, os jogadores mais importantes são os que ficam, os que sentem a camisola, os que nos vão encher de alegrias no futuro. É com eles que vamos continuar a ganhar e é para eles que peço o vosso total apoio.
Confio, ainda, no trabalho que estamos a desenvolver a nível da Formação e da equipa B. Estivemos muitos anos à espera de uma mão cheia de jovens portugueses com a capacidade daqueles que hoje temos na nossa equipa B. Tenho uma grande esperança em que muitos deles possam chegar à equipa principal. Mas há um pedido que quero aqui deixar a todos: não podemos estar sempre a reclamar por jogadores portugueses e depois criticá-los ao primeiro erro, à primeira falha. Eles vão falhar, como todos os outros falham, e a nossa obrigação é redobrar o nosso apoio e o nosso incentivo porque só assim podemos inverter o actual cenário.
Permitam-me uma palavra final dedicada as nossas modalidades para dedicar uma palavra especial às nossas equipas de Andebol e Futsal que iniciaram a presente época conquistando as respectivas Supertaças. Este é um ano em que as modalidades têm de voltar a fazer história. Têm de ganhar mais do que ganharam no ano passado!
Obrigado a todos!”


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