"Já não tenho paciência para a novela sobre o sebastiânico lateral esquerdo para o Benfica. Encontrar o dito é quase tão difícil como descobrir o bosão de Higgs também conhecido como a partícula de Deus. No caso do SLB, será mais apropriado falar em partícula de Jesus.
Neste defeso já não tem conta os putativos candidatos. Um deles, Rojo, apesar do seu nome ser da cor benfiquista, acabou nos verdes. Assim se estendeu ao SCP o serviço de scouting que desde há anos o SLB municia pro bono o FCP.
Esta coluna não chegaria para enunciar as experiências falhadas nesta década para a tal posição. Aparte Coentrão, uma notável adaptação de Jesus mas que, tal cometa, tão depressa se revelou como saiu, e de Léo que foi injustiçado, já se exprimentou de tudo. Portugueses e estrangeiros, cristãos e mulçumanos, jovens e velhos, brancos e negros, louros e morenos, altos e baixos, falsos lentos e falsos rápidos, promessas e consagrados, campeões de bairro e do mundo, ex-juniores e pré-reformados, dos PIGS e das pampas. Todos foram devolvidos à procedência com factura paga (no total já quanto?) ou emprestados a custo (não) zero.
Os jogos do Benfica na Polónia mostraram à sacidade que Melgarejo - um bom jogador - não serve para lateral e Luisinho não passa de um esforçado suplente. E mesmo do lado direito não há concorrente imediato para Maxi. A não ser que se adapte Djaló, que, todavia, deveria estar mais perto da saída de um plantel onde não cabe.
O síndroma Roberto virou maldição canhota. Não lembra ao diabo que tanta gente bem paga no clube não trate dos 'buracos' do plantel a tempo e horas.
Ora bolas!"
Bagão Félix, in A Bola
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