"Hoje devia partir a louça toda. O Benfica leva-me anos de vida. Mas é hora de guardar o lencinho branco e seguir. Minha gente, o Jesus fica. Para as presidenciais falta tempo. Os ajustes de contas têm de ser pragmáticos. Só que, filosofia de bolso ou não, a vida não repete segundas oportunidades. Ou vem o campeonato em 2012/13, ou vão rolar muitas cabeças. Mais que duas. O SLB precisa de matar a sede de vitórias, ou mata a sede de sangue. Que também a temos. O Benfica tem equipa, tem nota artística, tem futebol de alta intensidade. Só tem é pernas para 2/3 do que lhe pedem. A gestão física e a gestão de expectativas têm de ser as prioridades do treinador. Sem perdão se assim não for. E reforçar a equipa não é como ir ao hipermercado, pegar nas marcas brancas, sem acordo entre marido e mulher, e o filho a chorar pelo brinquedo da publicidade. É identificar as faltas, as falhas e os excessos. E agir. Como é, falhamos nisto há anos?!
A baliza tem rei e o Mika. Sou a favor de uma “vaquinha” para pagar a saída do Emerson. O Capdevila não joga, sai. Precisamos de um defesa-esquerdo, e o Luís Martins a ganhar minutos. De mais uma opção para a direita. Que o triângulo Javi-Matic-Witsel seja dourado. Do Aimar mais uma época. O Bruno César foi a garra da águia quanto tudo começou a desabar. É titular indiscutível, à esquerda com o Nolito a roer-lhe os calcanhares. O Gaitán está de partida – alguém tem de sustentar a máquina – e a direita fica nua. O Rodrigo não é ala, é gente lá da frente. Comprem dois alas direitos. E se alguma divindade me ouvisse, o Cardozo ia falhar golos para outra banda. O meu sonho é ver os dois miúdos lá à frente. O Nélson Oliveira ainda é inseguro, egoísta ou altruísta. O Europeu vai fazer-lhe bem, mesmo do banco. Desde o Pauleta que o país esperava por ele. Não quero uma pré-época com 40 jogadores. Esgotou-se o tempo das esperas. Ou vai, ou mata."
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