"Depois do diabo do jogo em Guimarães, ainda São Petersburgo: o diabo a 4. Vejamos:
1.º diabo: o terriço em que se tentou jogar. Um regresso insólito aos pelados. Lembro-me do chinfrim à volta do Bósnia-Portugal. O então batatal foi um horto luxo quando comparado com aquela porção de tundra russa sarapintada de umas ervas rasteiras, musgos e liquenes. A UEFA - advogada do diabo - sempre tão sensível quando um jogador tira a camisola ao festejar um golito, foge como o diabo da cruz quando se joga num daqueles baldios.
2.º diabo: Bruno Alves que, adaptado àquela terra não estrumada, entendeu, no seu estilo terra-a-terra, distribuir de motu próprio uma castanhas bem quentes para aquecer a anca e o pé de um tropical brasileiro espanhol. E que, por artes de um outro diabo, não viu a cor do cartão mandá-lo para o diabo. É caso para se dizer venha o diabo e escolha. No dia seguinte apresentou relatório em casa do dragão: o diabo seja cego, surdo e mudo, limitei-me a ser viril.
3.º diabo: o árbitro que, certamente por simpatia metistofélica ou por ter vendido a alma ao diabo, resolveu ajudar o Benfica castigando Aimar... para que este possa jogar nos quartos de final. O cartão amarelo, que não lembra ao diabo, foi tão patético que, com tal critério, iam todos para o balneário enquanto o diabo esfrega um olho.
4.º (diabo): Shirkov que depois de marcar duas vezes ao Porto, resolveu repetir a dose ao Benfica. Um jogador com classe que, espero, deixe de ser um diabo à solta e se sinta perdido no inferno da Luz. Não vá o diabo tecê-las. O Benfica europeu não pode entregar a alma ao diabo."
Bagão Félix, in A Bola
O António de apelido Félix benfiquista dos 4 costados, com "pinta" para a escrita, presenteia-nos com as suas prozas partindo a "loiça".
ResponderEliminarEu também espero que o inferno da Luz "queime" as almas danadas do Zenith e que as "ofereça" ao diabo do tal de Bruno Alves para serem enterradas lá para os lados do dragun.