"Um empate na Holanda selou, como se esperava, o apuramento do Benfica para as meias-finais da Liga Europa.
17 anos depois, o nosso Clube volta a estar em tão adiantada fase de uma prova internacional, feito que, independentemente do que suceder daqui em diante, já é digno de registo - pois se considerarmos os últimos 40 anos, verificamos que o Benfica apenas atingiu as meias-finais, quer da Taça dos Campeões, quer na Taça UEFA, em cinco ocasiões, de entre as quais somente três foram bem sucedidas (acesso consumado à respectiva final).
Segue-se uma inédita eliminatória diante de outra equipa portuguesa, e espera-se tudo menos facilidades. O Sp. Braga tem feito uma temporada europeia assinalável, de onde podemos destacar as eliminações de Celtic, Sevilha, Liverpool e D. Kiev, acrescida de uma histórica vitória sobre o Arsenal. Trata-se de um clube que tem crescido bastante nos últimos anos, e hoje pouco ou nada deve ao estatuto de 'grande' do nosso futebol. Infelizmente, tem também alimentado uma evitável postura de hostilidade para com o Benfica, fruto, por um lado, da política de alianças dos seus dirigentes e, por outro lado, da necessidade de cortar com o tradicional benfiquismo da cidade de Braga - entendido, mal ou bem, como principal obstáculo à emancipação do clube local. Essa hostilidade vai certamente voltar a notar-se.
Uma questionável decisão da UEFA alterou unilateralmente a ordem dos jogos, obrigando-nos a decidir a eliminatória no terreno do adversário, onde as coisas costumam ser-nos poucos simpáticas. É preciso dizer também que, na Luz, em três jogos disputados com o Sp. Braga de Domingos, vencemos sempre, e nunca sofremos qualquer golo. Entre a concentração competitiva de uma 1.ª mão na qual manter a baliza inviolável deverá ser a palavra de ordem, e o estofo mental para depois suportar a pressão de um ambiente hostil, irá traçar-se o destino da contenda.
Humildade, concentração e frieza, são pois as chaves que nos podem abrir a porta da ansiada final de Dublin."
Luís Fialho, in O Benfica
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