"Faltou ao Leverkusen ‘enrijecer a pele’ como fez o FC Porto de Villas-Boas em 2011
«Não estávamos interessados no recorde de invencibilidade, nunca foi uma preocupação nossa. O que interessava era o jogo e infelizmente perdemos uma final»
Granit Xhaka, médio do Leverkusen, após derrota com a Atalanta na final da Liga Europa
A invencibilidade do Leverkusen chegou ao fim, depois de 51 jogos. Ao 52.º, a equipa de Xabi Alonso não só perdeu como foi dominada pela Atalanta, no pior cenário: a final da Liga Europa.
A época não deixa de ser de sonho – afinal, deixou de ser Neverkusen e após cinco ocasiões em que fora vice-campeão alemão conquistou a primeira Bundesliga do seu palmarés. Mais, é o primeiro campeão de sempre sem derrotas. Mas não conseguiu juntar-lhe um troféu europeu.
A época do Leverkusen fez lembrar a do FC Porto de Villas-Boas, em 2010/2011. Esse FC Porto também foi campeão sem derrotas e também foi a Dublin jogar a final da Liga Europa. Mas já levava derrotas no currículo – duas na própria competição europeia (com Sevilha e Villarreal, mas em segundas mãos, depois de vitórias nas primeiras), uma na Taça de Portugal (em casa, com o Benfica, três meses depois daquele célebre 5-0, mas revertida na segunda mão, na Luz), outra na Taça da Liga (com o Nacional, essa sim a custar a continuidade na prova). Que lhe enrijeceram a pele. E depois, nos momentos certos, ganhou.
Esse FC Porto soube quando vencer. Este Leverkusen não deixa de ter um lugar na história, mas depois de tantas ocasiões a brincar com o fogo (para além da quantidade de jogos em que evitou a derrota na compensação, foi a quinta partida da época em que esteve a perder por dois golos de diferença e sobrevivera nas quatro anteriores...) não soube mesmo (quando) perder."
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