"Depois da vitória milagrosa frente ao Sporting CP e consequente liderança na Primeira Liga, o SL Benfica tinha casa alugada no céu. Aproveitaram a paragem de seleções e ultrapassaram o seguinte obstáculo: FC Famalicão na Taça de Portugal. O momento camuflava a desorganização e os problemas, aos quais se é impossível de fugir. A questão é que vinha agora o seu maior pesadelo nesta temporada: a Champions League. E o adversário não era qualquer um.
Contudo, o Inter Milão, mesmo a precisar de um bom resultado, preferiu subestimar e entrou com um 11 inicial em alta rotação. Já o SL Benfica, que acreditava habitar nos céus, voava cada vez mais alto. Com uma pressão alta e uma boa reação à perda, anularam ofensivamente o Inter Milão, controlaram o meio-campo e jogaram à bola, como nunca nesta Champions League. João Mário e Casper Tengstedt transcenderam-se. Os adeptos sorriam e desejavam continuidade. O que parecia um sonho era, na verdade, um dos maiores pesadelos disfarçados. E o que separou? O intervalo.
O Inter Milão fez uns ajustes na estratégia e, nos primeiros cinco minutos antes do golo, já tinha criado mais oportunidades de perigo que na primeira parte inteira. O SL Benfica acusava assim pressão e foi condenado pelo fator psicológico, uma imagem muito repetida nesta Champions League. Porém, este cenário pesa muito mais, tendo em conta que tinham feito uma primeira parte quase perfeita e venciam por três golos. É impensável perderam a vantagem dessa forma. Como se não bastasse, António Silva ainda seria expulso. Observámos assim o melhor e o pior Benfica neste jogo. Lá está, a casa no céu era alugada. Continua a haver problemas.
A nível individual, há que destacar ainda João Mário (obviamente) e Casper Tengstedt, que não pode continuar fora do radar. No que toca ao primeiro, emocionou-se com a Lei do Ex e, em meia hora, já tinha feito um hat-trick, atingindo um feito histórico com a camisola do SL Benfica. Mérito pela sua visão, capacidade de aparecer nos espaços à hora certa e claro, eficácia.
Quanto a Tengstedt, o dinamarquês vem a justificar a sua titularidade através das últimas exibições e elevou-se frente ao Inter Milão. Ainda que não seja um matador, é um avançado que faz lembrar Gonçalo Ramos pelo seu trabalho na pressão e, sobretudo, movimentações acertadas na construção ofensiva. Esteve nos três golos e percebe-se a aposta. Mais uma grande exibição."
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