"António Silva foi o herói da vitória do SL Benfica no terreno do GD Estoril Praia, salvando ainda a sua equipa no último minuto, com um corte em cima da linha final!
O Benfica entrou em campo quase irreconhecível, com muitas alterações no seu onze inicial, umas por necessidade, outras por opção do técnico alemão, Roger Schmidt. Sem Di Maria e Bah, Kokcu também ficou de fora da partida à última hora, deixando um espaço por preencher no meio-campo encarnado, para onde entraram João Mário, Chiquinho e Florentino.
O jogo começou num ritmo moderado, com alguma intensidade parte a parte, ou não tivessem estas duas equipas uma qualidade acima da média e um futebol elegante e ofensivo. Mas hoje, nem sempre foi assim, nem sempre vimos essa tal elegância, sendo que a falta de inspiração foi maior para os encarnados, que não tinham ideias, não tinham aquela alta rotação a que nos têm habituado.
No entanto, a equipa encarnada explorou por diversas vezes as costas da linha defensiva dos “canarinhos”, isolando Tengstedt na cara de Marcelo Carne em algumas ocasiões. O avançado norueguês, que foi aposta no onze encarnado em detrimento quer de Musa, quer de Arthur Cabral, falhou imensas vezes o alvo, em lances onde podia ter feito bem melhor, e que impediram o Benfica de se colocar na liderança do marcador cedo na partida.
Mas a equipa da “linha” entrou sem medos, corajosa, tecnicamente muito evoluída, jovem, capaz de se bater com qualquer adversário olhos nos olhos, os comandados de Vasco Seabra, deixaram hoje em campo um autêntico discurso de afirmação para aquilo que podemos esperar deste Estoril Praia.
Com uma linha de três centrais, completada por dois falsos laterais, extremos de raiz, mas que têm dado bem conta do recado, segue-se uma linha de dois médios jovens, mas com tanta classe nas suas botas. Estes médios permitem depois que a equipa de desdobre ainda mais no terreno ao compasso de espera da batuta do maestro Guitane, que conduz este orquestra sem medo até à “caixa forte” do seu opositor.
Mas voltando ao jogo, a primeira teve algumas oportunidades, sim, servindo de antecâmara para o segundo tempo, que começou praticamente com uma bola ao ferro da baliza do ucraniano Trubin, ainda antes do Benfica beneficiar de um pontapé da marca de penálti, no entanto, invalidado pelo árbitro da partida.
O Benfica podia e devia ter resolvido a partida, em lances sucessivos de ataque, que levaram algum perigo para a baliza do Estoril. Porém, estes lances não tiveram nenhuma eficácia, e ainda para mais, contrastando com a apatia de Roger Schmidt em mexer na equipa, quando se notava um claro desgaste, quer físico, quer emocional.
O jogo acabou por se resolver ao minuto 94, quando António Silva cabeceou para o fundo das redes de Marcelo Carne, imediatamente antes de cortar uma bola com selo de golo na sua baliza, no último lance deste jogo.
As conclusões que podemos tirar é que, em primeiro lugar, o Estoril ganhou uma equipa com espírito vencedor, solidária, compacta, letal no seu futebol apoiado, e que promete fazer estragos nesta Primeira Liga.
Em segundo lugar, e do lado encarnado, destaco que as alterações na espinha dorsal da equipa, nem sempre são fáceis de gerir, apesar de não existir nenhum jogador insubstituível, existem jogadores difíceis de substituir. Por isso a missão encarnada acabou por ter sucesso nesta deslocação à Amoreira, mas não foi uma exibição bonita entre a opinião da crítica e dos adeptos, no entanto, os três pontos seguem para o Estádio da Luz!"
Uns salvam-se com o miúdo; outros com o árbitro.
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