"A lista de dispensas da principal equipa masculina de futebol do SL Benfica provoca mais interesse junto da comunicação social do que qualquer outro evento que sempre acontece nestes meses de diversão sem futebol. Chega a ser impressionante a preocupação que comentadores, jornalistas e adeptos têm pelos futebolistas do Glorioso. Ainda Roger Schmidt e sua equipa não tinham chegado e já se faziam contas aos 38 ou 39 jogadores do plantel. Diziam que era demasiado, que mais ninguém trabalhava assim, blá, blá, blá... E Klopp fez o mesmo no Liverpool e acabou a discussão.
Depois vieram os jogos de preparação e continuou a ladainha do excesso de pessoal. Seguiram-se as considerações sobre a possível saída de Seferovic ou o 'afastamento' de Taarabt ou Gabriel. Como se quem mandasse no SL Benfica fossem os 'peritos'. Não são e isso deve custar-lhes muito. Alguns destes até podem sair - e outros também -, mas quem vai decidir tudo isso é o treinador, a equipa técnica e a estrutura do futebol. Todos os outros não vão rachar lenha neste assunto, nem mesmo os mais entusiastas adeptos encarnados ou os outros, aqueles que apontam o dedo, por exemplo, a André Almeida ou Pizzi, esquecendo tudo o que já fizeram pelo Clube. Mais uma vez, um problema de memória seletiva, tão normal neste mundo do futebol.
Saia quem sair, fique quem ficar, o SL Benfica continua. No fim de cada dia, só isso importa."
Ricardo Santos, in O Benfica
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