" 'Eu não sou racista, mas...'
Quem nunca ouviu esta frase, que começa de mansinho com a assunção de que ser racista é mau e antissocial, mas acaba sem pudor e acusar uma pessoa ou grupo de um ou vários males do mundo?
Quanto a não querer ser racista, penso que estarmos todos de acordo, mas no que toca a exceções não podemos nem devemos ceder um milímetro que seja. O racismo não abre exceções, apenas mostra polimento onde é conveniente, para logo estalar o verniz e cometer atrocidades verbais que humilham, diminuem, excluem os nossos semelhantes, às vezes mesmo passando das palavras nos atos com consequências graves.
É tempo de parar, e isso, como quase tudo, aprende-se ao crescer, treina-se no dia a dia e entranha na nossa maneira de ser tornando-nos melhores, muito melhores pessoas. O desporto, como em muitos outros casos, é um óptimo viveiro para demolir preconceitos raciais e aproximar os diferentes, fazendo-os reconhecer e celebrar a diversidade e colher as vitórias de integração plena. É assim no futebol do mais baixo ao mais alto nível, e por isso um grande clube como o Benfica pode, e quer, contribuir ativamente para a erradicação do racismo. Doutro modo não poderia ser neste Benfica que une!"
Jorge Miranda, in O Benfica
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