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sábado, 7 de agosto de 2021

Planeamento


"Não há uma segunda oportunidade para causar uma primeira boa impressão. E o certo é que a abordagem ao marcado feita pela dupla Rui Costa / Rui Pedro Braz parece ir ao encontro daquilo que os adeptos pretendem: reforços cirúrgicos e de qualidade comprovada, saídas acauteladas antecipadamente, definição rápida da matriz essencial do plantel.
João Mário será uma mais-valia para o Benfica. A época mais cintilante da sua carreira aconteceu sob o comando de Jorge Jesus, e creio que os dois melhores Sportingues dos últimos vinte anos (o de 2015-16 e o da época passada) tiveram-no como protagonista. Meite vem com a experiência táctica da liga italiana e corresponde a um perfil de jogador que faltava ao meio-campo encarnado, nomeadamente em termos de robustez física e capacidade de choque. Yaremchuk foi um dos pontas-de-lança que mais se destacaram no Europeu (tal como, de resto, Seferovic), tem dimensão atlética, jogo de cabeça, remate forte e eficácia diante da baliza. Cheira-me que, com Jorge Jesus, elevará os seus números até níveis superiores aos 23 golos que anotou na última temporada pelo Gent. Acrescem ainda as entradas de Gil Dias e Rodrigo Pinho, duas boas alternativas de plantel, bem como os regressos dos promissores Ferro, Florentino e Gedson, e do goleador Carlos Vinícius.
Num lote com quase quarenta nomes, é óbvio que ainda haverá vendas e dispensas. E talvez contratações (um lateral seria bem-vindo). Porém, há já neste momento uma base que permite a Jorge Jesus e à estrutura dirigente tomar opções sem risco de abrir buracos difíceis de fechar. Chama-se a isto planeamento."

Luís Fialho, in O Benfica

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