"Confesso que há uns meses não sabia quem era Darwin Núñez.
À semelhança de muitos benfiquistas, passei parte do defeso na expectativa face à possibilidade de o igualmente uruguaio, igualmente ponta-de-lança, mas muito mais conhecido, Edinson Cavani reforçar a nossa equipa. E também então lamentei o falhanço da contratação do antigo jogador do PSG, embora percebesse que o Benfica não poderia esticar as suas capacidades financeiras, nomeadamente quanto ao nível salarial que estava a ser exigido. Além de Darwin chegar para o lugar que aparentemente estaria destinado a Cavani - sendo este um craque de dimensão mundial, e aquele, na altura, uma mera promessa - -, também o valor pago pelo passe do jovem avançado deixou dúvidas a muita gente. Afinal de contas, tratava-se do jogador mais caro de sempre do futebol português. E, chegando da segunda divisão espanhola, desconfiava-se de aposta tão elevada.
Passados apenas dois meses, não só já não se questiona a argúcia da contratação de Darwin Núñez como ninguém lamenta a perda de Cavani. E os 24 milhões de euros despendidos quase parecem uma pechincha face àquilo que se projecta para o futuro de carreira desde jovem - que se percebe ter ainda uma enorme margem de crescimento.
Darwin é o Cavani do futuro. E, ao contrário do que aconteceria com o veterano avançado, em condições normais, todo o investimento será multiplicado em ganhos.
Esperamos que fique por cá o tempo suficiente para conquistar títulos, sabendo que os clubes mais endinheirados não tardarão a bater-nos à porta por ele.
Está de parabéns quem o indicou, e quem nele apostou."
Luís Fialho, in O Benfica
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