Últimas indefectivações

sábado, 21 de novembro de 2020

Diz-que-disse


"Vamos imaginar que um dos ilustres leitores não gosta de mim, o que é perfeitamente possível e aceitável. E que há um dia em que decide fazer uma denúncia anónima às autoridades, apontando-me como culpado do que quer que seja, o que deixa de ser aceitável para passar apenas a ser mesquinho e um acto desesperado. Com ou sem provas poderá fazê-lo, basta invocar declarações ou indícios de algum acto ilícito da minha parte. A partir desse momento, entram em campo as autoridades para investigar e os tribunais para decidir. E qualquer que seja o veredicto, da fama já ninguém me livra.
Na semana em que foi comunicado o curioso arquivamento do processo Cashball por falta de provas relativas ao envolvimento dos dirigentes do Sporting CP no alegado esquema de viciação de resultados no andebol e no futebol, tivemos um momento brilhante na televisão portuguesa. António Baganha, antigo dirigente do IPDJ (Instituto Português do Desporto e da Juventude) foi à televisão oficial do FC Porto afirmar que, em 2017, houve pressões para 'favorecer o Benfica' e que terá sido dito que 'o Benfica está acima da lei'. E sabem o que é que o senhor em questão disse mais? Que 'há testemunhas, mas não as quero aqui revelar'.
Há cheques e cartas registadas? Há transferências bancárias de vice-presidente no activo para contas de árbitros? Há recibos de viagens pagas a árbitros para uma férias no Brasil? Há contactos com jogadores de equipas adversárias para não darem tudo no jogo com um determinando emblema? Não. Em relação ao SL Benfica, há só diz-que-disse e um ódio antigo que teima em não passar. Além do discurso bafiento da guerra Norte-Sul (coisa ridícula num país com apenas 700 Km de extensão), há o regresso às tácticas dos anos 1980. Só é verdade é que não há.
Quando toca ao Glorioso, tudo serve para sujar, mesmo que o clube seja ilibado em tribunal ou nem lá chegue por inconsistência ou falta de provas. Quando se fala nos outros, então os tribunais é que têm razão e são todos uns santos. Irra, que nem pequeninos sabem ser."

Ricardo Santos, in O Benfica

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