"Bruno Lage deve manter o espírito aberto, não se deixando aprisionar por dogmas, preconceitos, ou por um ego inflado, para chegar à melhor solução
Do génio de William Shakespeare brotou, por alturas em que os Felipes reinavam em Portugal, uma peça de teatro que recebeu como título Tudo está bem quando acaba bem. Na obra, era colocados problemas éticos complexos que pediam mais do que soluções simplistas.
O Benfica venceu em Moreira de Cónegos e arrecadou os três pontos. Mas será que os encarnados podem refugiar-se no título da peça de Shakespeare? Se o fizerem, não estarão a compreender que a história do jogo pede bem mais do que uma análise básica, que meramente comece e acabe no resultado final.
É verdade que ganhar nunca fez mal a ninguém, e vencer em cima do relógio dá gozo redobrado. Mas, o sucesso feliz do Benfica no Minho, para além de ressuscitar os estafados chavões de que não há campeões sem sorte e brilhou a estrelinha de campeão, deve levar Bruno Lage a uma reflexão mais profunda, em busca de respostas para o jogo pobre apresentado pelos campeões nacionais. Uma verdade parece incontestável: o Benfica, ao contrário da época passada, defende de forma muito deficiente, sem que o problema esteja nem no guarda-redes, nem no quarteto defensivo. O elo mais fraco é o duplo-pivot formado por Fejsa e Taarabt, a anos luz da eficácia de Samaris e Gabriel num passado recente, e distante, até, dos resultados observados quando Florentino esta em campo, sendo que o regresso de Gedson também poderá propor novas pistas.
Mais à frente, para além de uma quebra (pontual, por certo) de Pizzi, que pouco acelera o jogo pela direita, Raul de Tomas continua a ser um corpo estranho na movimentação colectiva dos encarnados, com consequências quer na falta de presença na área contrária (RDT nem sequer falha golos, porque não tem oportunidades) quer no primeiro combate às saídas de bola contrárias. Bruno Lage deve ler bem a situação e, sobretudo, deve manter um espírito aberto, não se deixando aprisionar por dogmas, preconceitos, ou por um ego inflado, única forma de chegar à melhor solução. Porque, na verdade, nem sempre tudo está bem quando acaba bem.
PS1- Por onde anda Samaris? Regressou ao alçapão onde tinha sido colocado por Rui Vitória?
PS2 - Quarta-feita há Taça da Liga, momento certo para dar minutos a quem deles precisa...
Ás
Bernardo Silva
Tal como o pequeno António Simões, que marcou um golo de cabeça, ao Brasil, no Mundial de 1966, também o minorca Bernardo Silva facturou de cabeça na goleada do Manchester City ao Watford. Numa tarde em que assinou o primeiro hat-trick de carreira, o playmaker português vai-se afirmando como estrela global.
Ás
Ricardo Sá Pinto
Fez o grande resultado de uma equipa portuguesa na ronda inaugural da fase de grupos das competições europeias. Ganhar em Wolverhampton não é para qualquer um e os arsenalistas contribuíram para nos aproximarmos da Rússia no ranking da UEFA, numa corrida que, a prazo, se ganha, por de ser um bálsamo para o futebol português.
Ás
Sebastian Vettel
Depois de 22 grandes prémios sem ser o primeiro a ver a bandeira de xadrez, o tetracampeão alemão voltou aos triunfos em Singapura, contra todas as probabilidades. Vettel (finalmente) não teve quebras de concentração e regressou aos bons velhos tempos, numa jornada de dobradinha para a Ferrari.
A língua portuguesa pode ser traiçoeira...
«O Bruno Fernandes é um grande jogador, como o Messi ou o Ronaldo, mas as equipas têm sempre substitutos...»
Leonel Pontes, treinador do Sporting
O treinador do Sporting é um homem inteligente e ponderado, a quem foi entregue uma missão muito difícil. À primeira vista, comparar Bruno Fernandes com Ronaldo e Messi é uma imprudência. Mas Leonel Pontes falou em perspectiva, respeitando a escala. Barcelona e Juventus construíram as equipas à volta de Messi e CR7. Os leões, com Bruno, também. Só isso...
Começou a grande gala do râguebi mundial
O jornal nipónico Mainichi Shibum deu grande destaque na primeira página à vitória da Nova Zelândia sobre a África do Sul (23-13) na primeira jornada da fase de grupos do Mundial do Japão. No jogo inaugural, os donos da casa tinham derrotado (30-10) a Rússia. Os dados estão lançados para grandes espectáculos!
(...)"
José Manuel Delgado, in A Bola
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