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terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Dar!

"A solidariedade e a preocupação com o bem-estar do outro, mais que um imperativo ético, tornaram-se orgânicas a intuitivas no Benfica.
Não teria necessariamente de ser assim numa organização gigantesca como esta, bem departamentalizada, em que cada um conhece a sua equipa, sabe o seu papel e se concentra ao máximo em desempenhá-lo com sucesso. De resto, o grupo em si mesmo antecipou esta necessidade e assumiu em pleno as suas obrigações em termos de responsabilidade social corporativa. Criou para isso a Fundação, dotou-se de meios técnicos e nutriu o seu desenvolvimento desde a fase de berçário. A adesão de colaboradores e atletas aconteceu desde a primeira hora sem espanto para ninguém. Todos sem excepção responderam à chamada e, sempre que foi pedido algum tipo de colaboração, todos o fizeram sempre com a máxima entrega metendo o seu tijolo nesta obra social. Foi um período de grande inspiração, motivação e reactividade positiva. E para qualquer outra organização bastaria que assim fosse.
Mas não no Benfica! E a verdade é que a cada ano que passa sentimos e vemos na prática o crescimento do número de acções com envolvimento cada vez mais empenhado de departamentos, secções, colaboradores e atletas. Evidentemente, esse estar rasga as fronteiras do Clube para lá da mera comunicação tocando a alma de cada um dos benfiquistas e conquistando a simpatia da generalidade dos portugueses. É, pois, sem surpresa que se multiplicam as presenças em instituições, escolas, residências, prisões e até nas ruas junto dos sem-abrigo. É também sem surpresa que vemos os próprios jovens abrangidos pelos projectos da Fundação a organizarem acções solidárias do mesmo tipo nos bairros onde vivem. É, orgulhosamente, sem surpresa que, quase dez anos volvidos d primeiro dia de Fundação, vemos os atletas das competições e da própria formação, do futebol às modalidades, proactivamente envolvidos em acções solidárias tomando eles próprios a iniciativa e alimentando esta ideia de um Benfica de proximidade, que sente, apoia e desenvolve. E, claro, aparecem jogos de modalidades com troca de bilhetes por apoios a causas sociais, envolve-se o público, ajuda-se quem precisa e alimenta-se a chama imensa dos adeptos.
É bonito ver que, para o Benfica, responsabilidade social significa mais que uma obrigação vertida em relatórios de sustentabilidade ou que um exercício de comunicação e marketing. Significa isso mesmo que nos dá nome e nos faz gritar no campo e fora dele: Benfica!"

Jorge Miranda, in O Benfica

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