"A Portugal vão chegar apenas as réplicas do massivo terramoto que é este mercado de 2017. Mas a filosofia das compras é complexa...
Fechou a primeira fase da I Liga portuguesa. O campeonato para agora, por compromissos da equipa de todos nós, e à meia-noite da próxima quinta-feira encerra o mercado. na sexta-feira, prometo, será possível avaliar, com uma clareza cristalina, o que podem valer os candidatos ao título; até lá, haja calma, refreemos as conclusões absolutas com meios de análise relativos, e partamos apenas a seguir para a formulação de uma ideia sobre a época de 2017/18. Faço votos para que, na próxima temporada, o mercado encerre a 31 de Julho, conferindo alguma sanidade à formulação dos plantéis. Haverá, estou certo, muitos interesses associados à manutenção do mercado em aberto até às calendas, mas o futebol, através dos treinadores, deve marcar posição, em nome da coerência e da construção da equipa. Se houver dúvidas em relação ao que aqui estou a plasmar, preto no branco, basta esperar até à próxima hora zero de sexta-feira para constatar as diferenças exponenciais que vão verificar-se. Mbappé vai para o PSG e a partir daí vamos assistir a uma efeito-dominó que também chegará à periferia (a Portugal...).
Se as equipas portuguesas que jogam para o título mantivessem, tal e qual, os plantéis com que afrontaram a quarta jornada da I Liga, o FC Porto estaria servido em qualidade que não em quantidade; o Sporting estaria muito confortável; e o Benfica estaria carente em três posições, há muito referenciadas, mas ainda por preencher: guarda-redes, defesa-central e médio-defensivo. Porém, nos próximos quatro dias muito água correrá debaixo das pontes e os derradeiros cartuxos serão queimados, num contexto susceptível de alterar profundamente a fisionomia da competição. Para quem tiver a memória curta bastará lembrar que Jonas - o mais decisivo jogador da última épocas - apenas chegou ao Benfica lá no decorrer no mês de Setembro...
Portugal é um player menor no contexto europeu, mas mesmo assim, valerá a pena reflectir sobre a filosofia das contratações. Qual deve ser a principal prioridade? Contratar para negócio, ou contratar para fazer equipa? Muitas vezes, a tentação do investimento no jogador que pode significar mais-valias no futuro próximo, mas sem utilidade imediata, acaba por prejudicar o trabalho do treinador (o silêncio dos inocentes?).
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A grandeza de Jardim depois da goleada...
«O Marselha é um grande clube, quando era jovem era dele que ouviamos falar em Portugal. É preciso respeito, isto foi só um jogo».
Leonardo Jardim, treinador do Mónaco
Há vinte anos que o Marselha não sofria uma derrota tão expressiva na Liga francesa (6-1). E logo frente a um rival mediterrânico, o Mónaco, que tem vivido o sobressalto de perder as estrelas mais cintilantes! Na hora do triunfo, Leonardo Jardim foi magnânimo com o adversário, o que só engrandeceu o seu sucesso. Um orgulho para o futebol português.
Pimenta de Ouro
Em Agosto de 2016, nos Jogos do Rio de Janeiro, Fernando Pimenta queixou-se das folhas da lagoa Rodrigo de Freitas que se prenderam à canoa e o terão impedido de chegar às medalhas no K1 1000m. Um ano volvido o português ficou com a prata nos Mundiais de K1 1000m e sagrou-se campeão do mundo em K1 5000m. Numa das raras modalidades bem pensadas e executadas em Portugal, Pimenta vê finalmente compensada a aposta de risco que fez depois de Londres e que o levou a desfazer a parceria com Emanuel Silva, no K2 1000m...
'Money makes the world go round'
Um combate entre o campeão de MMA e o campeoníssimo de boxe poderia dar a sensação de uma americanice tipo Alien-Predator, sem sentido desportivo. Porém, Mayweather e McGregor lutaram com total seriedade durante dez assaltos de grande espectáculo, que fizeram girar mil milhões de dólares. Chapeau!"
José Manuel Delgado, in A Bola
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