"Depois da excelente decisão da FPF de fazer avançar o videoárbitro, a questão da reformulação disciplinar volta à ordem do dia. Indo directo ao problema de fundo, e porque há demasiados interesses próprios subjacentes ao sentido de voto nas AG da Liga de Clubes, aquilo que faz realmente falta é retirar a disciplina do âmbito da Liga, uniformizando os regulamentos e conferindo a tutela à FPF.
Ao contrário de outras opiniões, não creio que a Liga de Clubes deva desaparecer. A sua missão na organização dos campeonatos profissionais e na promoção de tudo o que tiver a ver com a indústria do futebol é importante e faz todo o sentido que estas estejam entregues aos clubes. Não é à FPF que cabe a definição da evolução do modelo de negócio e é bom que cada macaco fique no seu galho. Por maioria de razão, não devem ser os clubes a meter prego e estopa em questões disciplinares, porque é mais do que sabido que não conseguem evitar uma parcialidade que acaba por inquinar o produto final.
Antes de cada clube andar por aí a propagandear a sua alteração, melhor, melhor será se tomar forma um movimento que vise devolver à FPF a exclusividade em matéria disciplinar.
Volto a uma ideia que tenho repetido amiúde nos últimos tempos: há boas práticas, por esse mundo fora, no futebol, que nunca foram implementadas em Portugal. Tenho a certeza de que o futebol profissional no nosso país pode ser muito melhor, fora das quatro linhas. E ninguém melhor do que a FPF, que tem dado sobras provas de competência e modernidade, para cumprir esse desígnio."
José Manuel Delgado, in A Bola
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