"Por muitos e variados rótulos que os nossos adversários tendem colar às nossas conquistas, a realidade insiste em desmenti-los. E são eles próprios a reconhecê-lo: o FC Porto, a culminar um ano de acusações torpes dirigidas ao nosso clube, despediu o seu treinador. Afinal, nesta 'Liga Salazar', foi Nuno Espírito Santo quem caiu da cadeira. E nem falo do Sporting, cujo treinador recusou afirmar-se desiludido com a óptima (do meu ponto de vista) época realizada pela sua equipa porque, salvo ocasionalmente, já não conta para o Totobola desde que este era levado a sério. São os adversários que temos. Merecemos tanto ganhar como eles merecem perder. E enquanto eles permanecem num processo de autofagia, nós só temos de preservar a nossa ambição por mais conquistas.
Desde logo no próximo domingo, no Jamor. O Vitória de Guimarães, apesar da imagem débil deixada no Estádio da Luz no jogo da penúltima jornada do campeonato, é um adversário difícil cujo percurso ao longo da época justifica elogios. Só um Benfica à Benfica garantirá o triunfo na Taça. E aí, sim, 'rumo ao 37'.
Mas o fim-de-semana passado, além do término do campeonato que nos permitiu alcançar o tetra e atingir o dobro dos títulos dos outrora nossos rivais, trouxe-nos o regresso ao primeiro escalão do râguebi. Finalmente! Em Portugal, somos os mais antigos com prática ininterrupta da modalidade (desde 1924) e, apesar de anos à deriva, figuramos ainda no terceiro posto dos clubes que mais campeonatos nacionais conquistaram e lideramos o palmarés da Taça de Portugal. Disputar a divisão de honra e, quem sabe a médio prazo, lutar pelo título fará juz à nossa história gloriosa."
João Tomaz, in O Benfica
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