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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ainda o defeso: no Benfica(I)

"Para se juntarem vitórias e repetir êxitos há uma regra a preservar: a estabilidade do plantel, apenas com as mudanças cirúrgicas (e financeiras) necessárias.

O Benfica, campeão em 2010, perdeu Ramires e Di Maria, atletas cruciais para o título e deixou sair, inexplicavelmente a meio da época, David Luiz (depois dele, foi batido o recorde de 19 jogos sempre a sofrer golos, 27 ao todo!).

Sem estes jogadores, e agora provavelmente sem Coentrão e Salvio, com Aimar no crepúsculo e com dúvidas sobre Saviola e Cardozo, como se podem fazer milagres?

Bem sei que as mais-valias dos direitos dos jogadores são necessárias para aguentar a nau financeira. E que, por isso, mais tarde ou mais cedo, se tenha de ceder ao mercado. Mas com conta, peso e medida.

A consistência do sucesso no Benfica também não é compatível com jogadores emprestados por outros (Reyes e... provavelmente, Salvio). Aliás, com o Atlético Madrid o saldo é-lhe sempre irritantemente favorável: os dois jogadores relacionados com a transferência de Simão nunca apareceram, Roberto é o que se sabe, Salvio fez subir o preço e adquiriu-se uma percentagem do passe de Reyes provavelmente sem qualquer retorno...

Do mesmo modo, o sucesso continuado não se escreve com jogadores, ainda que excelentes, que por cá passam a caminho da Europa (exemplo: Ramires). E entretanto, qual clube rico, emprestam-se Urreta e Sidnei e compra-se Rodrigo para emprestar...

Assim, o treinador vai ter, 2011/12, uma equipa quase toda diferente da campeã em 2009/10 (restarão Luisão, Maxi, Javi Garcia e Saviola?). Por isso haverá a necessidade de um reset... com uma catrefada de novos jogadores.

Prefiro a qualidade em pequena quantidade do que a quantidade de pequena qualidade."


Bagão Félix, in A Bola

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