"Ouvi há uns anos, da boca de um treinador de renome que todavia nunca treinou um dos três grandes, o seguinte: «É difícil terminar sempre as épocas com mais derrotas e empates que vitórias; e mais golos sofridos que marcados». Raramente paramos para pensar nisto, mas esta é a realidade anual a partir do 5.º, 6.º ou 7.º lugar para baixo.
Existem, no futebol atual, dois ou três El Dorados que facilmente seduzem um treinador competente a embarcar num futebol menos competitivo (sim, incluo aqui a Arábia Saudita), e cada um dos que parte tem a legitimidade própria de quem olha para a sua vida e a da sua família, se for o caso. Estamos sempre a falar, no mínimo e para um treinador de valor médio no mercado, de ordenados 4, 5, ou 6 vezes melhores. Ora pense o leitor...
Há quem escolha ficar. Aposta igualmente legítima, alicerçada em autoconfiança, na solidez de determinados projetos e em expectativas de médio prazo. Parece-me ser, por exemplo, o caso de Armando Evangelista, que nas próximas horas ou dias renovará com o Famalicão.
De chorar por mais
Calhou suceder justamente em Atenas. O futebol grego, com todas as suas vicissitudes, já merecia um título europeu de clubes. Aí está ele.
No ponto
Vitória clara da Seleção feminina, perante excelente moldura humana em Leiria, com muitas crianças na bancada. Onde está o futuro?
Insosso
As suspeitas sobre Piqué a propósito de Supertaças espanholas realizadas na Arábia Saudita são suspeitas que recaem sobre a essência do futebol.
Incomestível
É sempre triste ver relações de alta confiança, de anos, destruídas pelos momentos. Será o b-a-bá da História da Humanidade. Mas é triste."
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