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terça-feira, 11 de junho de 2024

Euro 2024: somar é ganhar


"Falta uma semana para começar o Europeu, e Portugal leva expectativas elevadas para a competição. Depois de uma qualificação imaculada como não se via desde o Euro 2004 - quando entrámos diretamente por sermos o país organizador -, a maior surpresa na convocatória de Roberto Martinez não foi a chamada de Pedro Neto ou Francisco Conceição, nem a dispensa de Pedro Gonçalves ou Francisco Trincão. A grande novidade foi a ausência da calculadora. Segundo os critérios do seleccionador nacional, não tendo feito parte dos estágios anteriores, é assim natural que a calculadora tenha continuado excluída do lote de convocados.
Por um lado, é estranho, porque nenhum português está habituado a vibrar com competições internacionais sem recorrer a funções e equações de terceiro grau. Uma calculadora não é uma bússola, mas eu sei que me vou sentir desorientado. Por outro lado, Roberto Martinez, talvez por ter estado muito ocupado e empenhado nas aulas de português, parece ter encontrado desde o primeiro dia uma estratégia bastante eficaz para ser dispensado das aulas de matemática ganhar.
Não foi propriamente este inusitado método que nos conduziu à glória em 2016, quando vencemos apenas um jogo dentro dos 90 minutos, em sete realizados. No entanto, este plano também parece promissor, e menos arriscado. Não me dei ao trabalho de confirmar esta teoria através de uma regra de três simples, mas, assim de cabeça, diria que, se ganharmos os jogos todos como aconteceu na qualificação, em princípio a taça vem para Portugal. Há várias opiniões em relação ao onze mais forte para atacarmos o Europeu, e calculo que a conta do leitor tenha a mesma solução que a minha: João Neves e mais dez."

Pedro Soares, in O Benfica

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