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sexta-feira, 31 de maio de 2024

Protocolo do VAR e o mau exemplo da NBA


"Quando uma boa decisão por vias tortas tem de ser alterada para tremenda injustiça

«Uma falta pessoal não é passível de revisão quando uma equipa pede a revisão de uma saída de bola, nem a não marcação de uma falta é um evento que pode ser contestado»
Informação da NBA no relatório dos dois últimos minutos do jogo Timberwolves-Mavericks

Centro da direita, o defesa faz-se à bola e corta de cabeça, o árbitro acha que foi com a mão. Penálti! Hoje seria revertido pelo VAR, em 1997/1998 valeu castigo máximo ao SC Braga contra o Belenenses. Mas e se fosse fora da área, e se valesse o segundo cartão amarelo ao jogador que cortara de cabeça? O VAR nada poderia fazer, apesar da evidência do erro e do peso que poderia ter no resultado final.
Mas este texto não é sobre futebol. Porque se o protocolo do VAR precisa de ser afinado, há modalidades onde as injustiças são ainda mais gritantes.
No jogo 2 da final de Oeste da NBA, os Minnesota Timberwolves venciam por dois pontos quando Jaden McDaniels recebeu a bola junto à linha de fundo. Segurava-a quando recebeu uma forte palmada no pulso esquerdo dada por Kyrie Irving, dos Dallas Mavericks. A bola saiu pela linha de fundo e a equipa de arbitragem considerou que Irving a tocara, mantendo a posse com os Wolves. Só que, no banco, o especialista em revisão de vídeos dos Mavericks viu que Irving não tocara na bola, e pediu que a jogada fosse revista. E o protocolo não permite alterar faltas não assinaladas – apenas as que são marcadas inicialmente pelos árbitros. Ou seja, a bola saiu porque McDaniels foi atingido e com a revisão vídeo os árbitros, vendo o seu erro, ainda foram obrigados a tirar a bola aos Wolves. Os Mavericks venceram por um ponto com triplo de Doncic a três segundos do fim.
Critique-se o VAR à vontade, porque há muito que criticar, mas uma vez por outra lembrem-se de que há modalidades onde funciona muito pior."

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