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terça-feira, 5 de dezembro de 2023

A imensa janela para o verde


"Não, o Benfica não está a crescer, nem sequer está melhor. Continua pálido e sem energia

Não, definitivamente o Benfica não está a crescer. Nem individualmente, nem coletivamente. Viu-se em Moreira de Cónegos que Roger Schmidt está, apenas, a tomar um desejo por realidade. O sonho comanda a vida, mas não é a vida. A dura realidade é que o Benfica continua doente, pálido, sem energia, e se suores tiver, só se for daqueles suores frios que acontecem na debilidade do corpo, porque não há-de ser de correr muito, nem de correr bem. Aliás, tal como a equipa, o seu treinador também não está melhor. A sua falta de sensibilidade para ler o jogo e perceber a própria equipa é confrangedora. Ontem, a dois minutos dos noventa, fez duas substituições e, mesmo assim, correu o risco de acertar com a escolha de Gonçalo Guedes. Acabou a zeros, um pobre ponto conquistado que dá uma liderança provisória. Agora, o Sporting tem uma imensa janela aberta à sua frente para voltar a comandar o campeonato e se tal acontecer, será, em nossa opinião, o lugar certo para a equipa que tem sido, de facto, mais consistente. A ver vamos o que sucederá esta noite, em Alvalade, no jogo com o Gil Vicente.
Alguns leitores, uns quantos amigos e outros nem por isso, inquietaram-se, e disso me fizeram chegar notícia, por, na crónica do jogo Famalicão-FC Porto, não ter referido o lance em que o árbitro António Nobre optou por não assinalar penálti quando Eustáquio anulou, com um braço, um remate perigoso do Famalicão. Que se a grande penalidade tivesse sido marcada, como era devido, a história do jogo seria outra. Precisamente. E é esse o ponto essencial. A crónica do jogo assentou na análise do jogo que foi e não no jogo que poderia ter sido. Noutro local da cobertura sobre o jogo, Duarte Gomes, com todo o seu saber técnico e qualidade de informação, referiu o caso em pormenor. Era, de facto, lance para penálti e poderia, ou não, ter tido influência no resultado. Concordo, mas repeti-lo seria redundante e diminuiria um precioso espaço de análise. Fica a justificação, embora aceite a subjetividade da escolha. Uma coisa é certa. A Bola continua a ter leitores atentos do trabalho dos seus jornalistas. E isso é bom. Bom para o jornal, bom para o jornalismo e, sobretudo, bom para o inconformismo de quem lê e mantém o sentido crítico."

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