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quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Fora-de-jogo semiautomático


"O futebol que era um jogo criativo e que dava azo à improvisação está a ser jogado num colete de forças. No fundo está-se a tornar um jogo tecnológico e pouco humano, porém, isso é triste. As mudanças são constantes. O jogo que dependia de talentos está a desaparecer e tornou-se muito metodológico e estatístico.
O jogo realiza-se no campo, mas é no computador com a análise e a estatística para tentar controlar tudo ao pormenor. Essa ânsia tira beleza ao jogo e inteligência natural do jogador.
O futebol é um jogo simples e não deve ser desvirtuado constantemente. Agora não se sabe quando é falta, quando é mão, quando é penálti ou quando é expulsão.
O VAR que foi criado para ajudar o árbitro e tornar o jogo mais preciso, correcto e verdadeiro, infelizmente está a transformá-lo. Agora as culpas passaram do árbitro para o VAR.
Na Supertaça da Europa que disputaram o Real Madrid e o Eintracht de Frankfurt utilizou-se o fora-de-jogo semi-automático. Esta tecnologia do sistema de impedimento semiautomático (SAOT) consiste em ter múltiplas câmaras para melhor rastrear os membros dos jogadores e definir o momento preciso do passe. Uma ajuda para tomar decisões mais precisas e rápidas. Esperemos que sim, as paragens constantes no jogo para se verificar os lances são demasiadas e influencia o decorrer do jogo negativamente.
Será com certeza um apoio valioso para a tomada de decisões, especialmente quando o incidente de impedimento é muito apertado e muito difícil.
Uma tecnologia que resultou em pleno foi a tecnologia da linha de golo. Eu sei que é mais simples, mas é muito útil e eficaz.
Eu sou a favor que não se esteja a fazer mudanças constantes, mas aperfeiçoar e fazendo pequenos ajustes. Por vezes, não sabemos o que está a ser discutido nos lances, falta transparência com quem assiste ao jogo e com os jogadores. O facto de deduzirmos o que está em análise gera polémica sobre o VAR. Os árbitros têm que continuar a treinar afincadamente a utilização do VAR.
A indefinição morosa quanto à validação é exasperante. É irritante festejar um golo e ele ser anulado.
O grande problema reside na invalidação de golos devido a fora- de- jogo por poucos centímetros, sabendo-se que a tecnologia é limitada na sua aplicação, não se pode garantir a fiabilidade de todas as decisões. Em Inglaterra, as linhas correspondem a cinco centímetros e, caso estejam sobrepostas ou juntas, o lance é validado.
Por este andar, um dia vamos ter árbitros robots. Mas, para já há algo que não depende de utilizar da tecnologia. O tempo efectivo de jogo tem que aumentar, as constantes perdas de tempo, paragens por lesões fictícias e os árbitros a falarem com os jogadores. Deve-se aumentar o tempo de jogo nem que para isso se dê mais 15 minutos de tempo adicional, para lá, dos 90 minutos.

Nota: O Benfica cumpriu e continua num registo de vitórias. O Sporting surpreendeu e vulgarizou o Eintracht Frankfurt. O FC Porto tinha uma missão muito difícil, mas mostrou galhardia e personalidade perante o Atlético de Madrid. Perdeu, mas não mereceu sair derrotado."

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