"O Benfica atravessa provavelmente o pior momento da temporada, a nível qualitativo e de resultados, apresentando principalmente muitas dificuldades em organização ofensiva, para desbloquear blocos baixos, mais compactos e que retirem o espaço interior que Jorge Jesus tanto gosta de explorar com os extremos e o segundo avançado; e também a nível defensivo, não conseguindo gerir vantagens ou controlar o jogo sem bola.
O posicionamento dos extremos do Benfica sempre por dentro acaba por dificultar a tarefa da equipa quando não consegue jogar pelo corredor central, sendo forçada a explorar os corredores laterais ou bolas longas para um dos avançados que apareça nas costas da defesa. Um padrão que tem sido habitual neste Benfica é o posicionamento de Darwin perto do corredor esquerdo, sendo sempre uma opção viável nas costas da defesa em situações de pressão ou onde se possa explorar o espaço dado pelos adversários. Muitas vezes quando a bola chega aos laterais do Benfica os extremos nem sempre estão perto, ou estão bloqueados pelos defesas contrários, sendo os movimentos de Darwin uma solução SOS para cada ataque.
Sendo que Darwin é um poço de energia, força e velocidade, é quase uma missão ingrata para o avançado uruguaio, que com algumas dificuldades técnicas acaba por estar numa “ilha” de defesas e sem grandes opções. Podemos comparar nas imagens em baixo o local onde Darwin recebeu passes nos últimos 5 jogos, comparando com 5 jogos durante o melhor período do Benfica esta época, onde o uruguaio marcou 4 golos em 5 jogos:
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