"Não percebo o espanto que tem percorrido as redes sociais, jornais, rádios e televisivos com a quebra de rendimento dos candidatos ao título. Esta perda de força era uma consequência expectável tendo em conta as condicionantes impostas para que o campeonato pudesse ser retomado. Sem adeptos e com eventuais intervenientes infectados de fora, tanto o Benfica como o FCP ficaram privados de elementos preponderantes na luta pelo título. A ausência de benfiquistas nas bancadas tem afectado imenso o Benfica; os constantes testes positivos de Fábio Veríssimo ao coronavírus têm abalado o FCP.
Nenhum destes afastamentos pode ser colocado em causa, a saúde é o bem mais precioso das nossas vidas e tem de estar salvaguardada. Temos de compreender. Ainda assim, é doloroso ficar longe quando fazemos tanta falta - a mim, custa-me só poder gritar com a malta para cruzar a bola para a área desde o sofá porque desconfio de que eles não me conseguem ouvir. Não tenho a mínima dúvida de que os benfiquistas estão cheios de vontade de encher os estádios para apoiar o Glorioso, e imagino que a Fábio Veríssimo também lhe custe estar ausente, não vá o FC Porto sofrer um golo idêntico ao que o Pizzi marcou na Taça da Liga no ano passado e não haver ninguém para o invalidar. Um sentimento de impotência que toma de nós, reforçado por uma inveja que se transforma em revolta, causada por quem a possibilidade de ajudar o seu clube mas menospreza essa oportunidade. Os benfiquistas e o Fábio Veríssimo querem, mas não podem. O Nakajima pode, mas não quer. Já dizia o velho ditado: Taarabt dá nozes a quem não te dentes."
Pedro Soares, in O Benfica
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