"Formação de Marcel Keizer está obrigada a ganhar, ganhar e ganhar, num caminho que se imagina longo
Podia começar-se este texto por dizer que o Sporting não ganhou nenhum jogo da pré-época, mas a verdade é que não seria inédito, mesmo assim, fazer depois disso uma boa temporada.
O Benfica do primeiro ano de Rui Vitória, por exemplo, somou três empates e três derrotas, e depois disso foi campeão nacional.
Portanto vamos esquecer a pré-época e focarmo-nos no essencial: aqueles 5-0 do Algarve.
A verdade é que o Sporting não fez um mau jogo e só aquele segundo golo do Benfica, nascido de um erro individual inadmissível, é que precipitou um resultado tão desnivelado.
A verdade, porém, é que no fim dos noventa minutos isso pouco interessa. Quando o árbitro apitou pela última vez, houve só uma coisa que ficou: o resultado histórico, vergonhoso e humilhante.
Os cinco golos, os insultos, os assobios, as cadeiras lançadas para o relvado, tudo isso nos dizer que o Sporting vai entrar no campo, no próximo domingo, a perder. A formação de Marcel Keizer está sem margem de erro: qualquer tropeço pode ser fatal para o treinador, para a equipa e para a paciência dos adeptos.
O Sporting – este Sporting, humilhado e reprimido – precisa de ganhar, ganhar, ganhar. O caminho para recuperar a credibilidade, e a paz, é longo, mas só se faz caminhando.
Mas não deixa de ser sintomático que já não tenha margem de erro: e ainda é tão cedo."
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