"Ao fim da manhã de ontem, o plantel do Sporting ainda discutia o que considerava ser uma angustiante persistência do seu presidente, que continuava a impor a reiterada do famoso post de reposta dos jogadores e exigia um pedido formal de desculpas.
Julgavam, os jogadores, leoninos, que tinham sido em vão as intervenções de diversas figuras públicas afectas ao Sporting e, sobretudo, as intervenções pacificadoras do treinador e do team manager do clube. Porém, ao fim da tarde, surgia uma novidade inesperada. Uma comunicado oficial dava conta de que tinham sido levantados os famigerados processos disciplinares aos jogadores, sem mais exigências.
O próprio comunicado admitia que se tratava de um recuo significativo e explicava que essa mudança do presidente e de toda a comissão executiva assentava na ideia de que, apesar de entenderem a resposta dos jogadores como uma atitude incorrecta, davam agora um passo atrás para que os jogadores, em campo, pudessem dar vários passos à frente.
Explicando: a comissão executiva e o presidente passavam aos jogadores a batata quente para, em caso de alguma coisa de mal acontecer, que fossem eles a queimar as mãos e os pés. Esta terá sido, aliás, a forma inquieta como os jogadores leram o comunicado. E terão ficado com uma certeza: Mesmo que o presidente sofra de burnout, pela inevitável fadiga psicológica de um stress permanente em que se tem envolvido, a consequência nunca será a de um brunout. Pelo menos, por iniciativa própria. Bruno de Carvalho só sairá da presidência do Sporting se for mesmo obrigado a sair."
Vítor Serpa, in A Bola
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