"1. É quase impossível por estes dias distinguir o que é verdade e o que é contra-informação para perceber o que esteve na origem do comportamento suicida de Bruno de Carvalho no espaço de apenas alguns dias. Mas se porventura foi o de forçar a saída de Jorge Jesus, o tiro saiu pela culatra: mesmo que seja eliminado da Liga Europa (como acredito que irá acontecer hoje), da Taça de Portugal (aí já tenho dúvidas porque o 0-1 do Dragão é perfeitamente ultrapassável) e mais uma vez não ganhe o campeonato (com a agravante de o terceiro lugar, que o Sporting ocupa actualmente, não valer uma entrada na Champions, o treinador ganhou duas coisas nesta crise: legitimidade para cumprir o ano de contrato que lhe falta e uma enorme desculpa: foi a instabilidade criada por Bruno de Carvalho que não permitiu aos leões irem mais além. Mesmo que não seja bem assim, é essa a narrativa que será construída.
2. Do atentado de BdC, o pior terá sido aquele que foi feito a Fábio Coentrão, com implicações para a Selecção Nacional, caso o divórcio venha a confirmar-se (a revogação dos processos disciplinares é hoje uma realidade, mas nunca se sabe o dia de amanhã...): mesmo que o episódio da saída forçada dos eleitos de Fernando Santos nos jogos com o Egipto e Holanda não tenha caído bem na Federação, o esquerdino cedido pelo Real Madrid arriscava-se a ser titular devido à lesão de Raphael Guerreiro e à (estranha) acusação do Dortmund de pouco profissionalismo do luso-francês. Do nada, o campeão da Europa corre o risco de não ter dois laterais-esquerdos de elite. É grave.
3. A obra da Roma (como a do Mónaco na época passada) em chegar às meias-finais deve levar a equipas portugueses a seguir o sonho de voltar a chegar longe na Champions. É muito difícil, mas não impossível. Eusébio Di Francesco é o nosso Leonardo Jardim. Com a simpatia de se chamar assim em homenagem do pai dele ao pantera negra."
Fernando Urbano, in A Bola
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