"Desde que vejo futebol (há umas boas décadas) que me lembro de haver empréstimos de jogadores entre clubes de futebol.
Recordo situações que aconteceram nos anos 50, quando o Sporting fez digressões ao estrangeiro, em que se reforçou, apenas para elas, com internacionais de outros clubes, concretamente Ben David (ponta de lança do Atlético) e Hernâni (do FC Porto).
Mais recentemente foi muito badalado o empréstimo de Pepe (então a despontar no Marítimo), que jogou seis meses no Sporting, visando eventual negócio que não chegou a concretizar-se.
Os empréstimos aconteciam mediante acordo entre os clubes incluindo (tal como agora) cláusulas relativas ao pagamento dos honorários dos jogadores, mas sem restrições quanto à utilização contra o cedente.
O sistema começou a ser furado por simples "acordos de cavalheiros", quer explícitos, quer sob a capa de lesões, indisposições ou outras ocorrências, em regra "súbitas", que os impediam de jogar.
As regras estão agora bem definidas: permitem empréstimos a clubes do mesmo escalão, mas não a sua utilização contra o detentor do passe; e impõem limites ao número de cedências entre clubes e ao número de emprestados que cada um pode receber.
A situação é clara, embora se nos afigure pouco justa: os jogadores cedidos vão, normalmente, reforçar equipas menos apetrechadas, contribuindo para criar dificuldades aos concorrentes do empregador, frequentemente roubando-lhes pontos (2 por empate, por exemplo), enquanto amealham o pontinho que tanto jeito faz na fuga à despromoção.
É claro que tudo acaba por ser mais ou menos equitativo na distribuição dos benefícios/prejuízos entre os interessados…
Em nosso entender, a forma mais justa de regular os empréstimos seria a de só serem autorizados entre clubes de divisões diferentes, pelo que a questão só iria pôr-se em jogos das Taças; e aí não haveria impedimentos, quer à utilização, quer a acordos que a limitassem. E seriam mais frequentes para o estrangeiro, onde os jogadores se valorizariam mais rapidamente.
Mas como não se pode fazer tudo de uma vez, já seria bastante bom se passasse a ser autorizado apenas um empréstimo entre dois clubes e os receptores não pudessem ter mais de 3 jogadores cedidos por clubes do mesmo escalão."
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