"Em São Tomé e Príncipe vivem cerca de 190 mil pessoas. Não vos sei dizer a percentagem de Benfiquistas que existem nestas ilhas paradisíacas, mas pela quantidade de camisolas do Glorioso que por lá vi na semana passada, posso assegurar-vos que não há comparação sequer com os outros clubes portugueses. De um modo muito simplista - e numa análise que nada tem de científica, mas que nasce da observação que fiz durante meia dúzia de dias - posso dizer-vos que, para cada fez camisolas do SL Benfica, devo ter visto duas do FC Porto e um do Sporting. E querem saber a melhor? As camisolas do nosso Clube eram das últimas épocas, como se percebia pelo patrocínio das mesmas. Já a dos outros... remetiam para temporadas longínquas, esbatidas pelo tempo.
Foi, por isso, longe de Portugal que assisti ao protesto da nossa equipa de hóquei em patins na meia-final da Taça de Portugal. Uma tomada de posição justíssima, se querem que vos diga. Nós fomos tricampeões e a Federação Portuguesa de Patinagem entregou o título à agremiação que ficou em segundo lugar.
Foi também por São Tomé que assisti ao alegado 'escândalo' dos emails que resultou em nada, uma brincadeira de meninos queixinhas sem argumentos para a superioridade do Tetracampeonato em campo.
Foi também por lá que fui seguindo online a avalanche de contratações bombásticas do terceiro classificado e as já tradicionais declarações dos seus jogadores e dirigentes ao melhor estilo 'este ano é que é'.
Nada de novo, a caravana vermelha continua a passar e as gentes de São Tomé e Príncipe nem ligam ao ruído do ladrar."
Ricardo Santos, in O Benfica
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