"Segunda-feira, 20 de Abril, o nosso Humberto Coelho celebrou 70 anos de vida. Nunca o vi jogar, no entanto conheço os números, testemunhos inapagáveis do brilhante percurso no Benfica. A velha glória conquistou 8 campeonatos nacionais e marcou 77 golos de águia ao peito, o que até nem está mal para um avançado, quanto mais para um defesa-central. Aos 33 anos, na temporada 82/83 - a penúltima antes de pendurar as botas - igualou o melhor registo da carreira (11 golos), apesar de não ter conseguido juntar o êxito na Liga e na Taça de Portugal à Taça UEFA, perdendo afinal e duas mãos com o Anderlecht. Não tive o privilégio de conhecer o talento de Humberto Coelho dentro de campo, porém tive a sorte de nascer a tempo de me entusiasmar com a encantadora equipa que levou ao Euro 2000. Rui Costa, Figo, Nuno Gomes, João Pinto. Lembro-me de tudo, até porque o meu pai gravou os jogos em VHS para depois eu vê-los cerca de 500 vezes a cada um. Por dia. A reviravolta frente à Inglaterra (3-2) - três assistências do Maestro -, o golo do Costinha à Roménia (1-0) no último segundo, o hat-trick do Sérgio Conceição à Alemanha (3-0) - quando ele ainda nem sonhava que um dia iria assistir de bem perto à #reconquista. O bis do Nuno Gomes à Turquia (2-0), sem esquecer o penálti defendido pelo Vítor Baía antes do intervalo - quando ele ainda nem sonhava que um dia seria capaz de defender bolas que já tinham ultrapassado a linha de golo. Enfim, um conto de fadas até àquela infeliz meia-final com a França (1-2), entretanto vingada. Estou grato a Humberto Coelho, não só pelo legado no Benfica, mas também por ter sido um dos responsáveis a fazer-me apaixonar pelo futebol."
Pedro Soares, in O Benfica
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!