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segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Onde estava o VAR e o que fez Tiago Martins: todos os erros de todos os jogos dos grandes (...)

"A jornada 10 terminou a 10 de Novembro e os chamados três grandes só voltam a jogar, para a Liga NOS... em Dezembro. Mais uma paragem prolongada nos campeonatos profissionais, que seguramente servirá para essas - e restantes equipas - reforçarem os seus pontos fortes e corrigirem os menos positivos. O mesmo período será, seguramente, aproveitado pelos árbitros (e VAR's) no sentido de continuarem a trabalhar para melhor algumas das áreas onde as coisas não têm corrido como gostariam.

O clássico do norte
No Dragão, o FC Porto recebeu o Sp. Braga, naquele que é já um dos clássicos mais importantes do calendário futebolístico. O jogo teve uma equipa de arbitragem à altura: Artur Soares Dias, o melhor árbitro português da actualidade - e juiz de elite da UEFA -, foi o escolhido para dirigir o encontro. 
Numa partida disputada em alta rotação, homenagem merecida à abordagem inicial dos atletas: a primeira infracção do jogo foi aos dez minutos; a primeira do Sp. Braga aos dezoito. Tudo dito em matéria de entrega, com lealdade e desportivismo.
O internacional a AF Porto teve actuação globalmente boa, com apenas um erro (e importante): em cima do intervalo, Sequeira desviou, com o braço esquerdo, cabeceamento de Soares. Apesar dos protestos dos jogadores azuis e brancos, Soares Dias não considerou a acção faltosa e apitou, pouco depois, para o intervalo.
É justo referir que a infracção (quanto a nós, deliberada e passível de pontapé de penálti) não foi de fácil percepção em campo: o lance foi rápido e o desvio subtil, o que garantidamente justificou a decisão incorrecta do árbitro.A questão aqui era a de saber se a jogada podia ou não merecer intervenção do VAR e em que circunstâncias.
O VAR pode actuar durante o intervalo?
A questão é pertinente e, no caso, faz ainda mais sentido. O “Protocolo do Videoárbitro”, na versão mais recente definida pelo IFAB - a oitava -, diz que sim, com uma condição: que, no momento em que seja necessário analisar/rever um lance que ocorra imediatamente antes do apito para o descanso, o árbitro da partida ainda se encontre no relvado.
Ou seja, neste caso, se o VAR tivesse entendido que o erro do árbitro tinha sido claro e evidente, devia pedir-lhe, de imediato, que não abandonasse o terreno de jogo e que evitasse que os jogadores fossem para os balneários (para não ter que os chamar de regresso ao relvado, como aconteceu recentemente na Alemanha).
Aí sim, o lance podia ser reanalisado e o penalti assinalado. Depois... tudo para os balneários. 

Tondela com chuva, Amarelo e Vermelhos
Outro internacional de qualidade, o jovem João Pinheiro, dirigiu o jogo entre Tondela e Benfica. A partida foi disputada sob condições climatéricas difíceis. Talvez por isso, o árbitro bracarense tenha optado - desde o início - por critério disciplinar rigoroso. É justo dizer que foi sempre coerente.
As decisões mais importantes da partida terão sido bem analisadas: os golos foram todos legais e a expulsão (o vermelho directo a Ícaro) bem decidida. Os dois amarelos quase consecutivos a David Bruno foram na linha do tal rigor, usado para ambas as equipas, ao longo de toda a partida: no primeiro, a rasteira foi considerada antidesportiva; no segundo, o empurrão e posterior “palmada” na nuca de Cervi (com este já de pé) terão sido demasiado arriscados para quem sabia que tinha sido advertido minutos antes.
Na etapa inicial, Cervi, na área adversária, tinha caído após choque, nas costas provocado por Ícaro. Ficou a dúvida se esse contacto fora intencional ou apenas fortuito para a movimentação defensiva do brasileiro, mas o certo é que o lance estava já ferido de legalidade: Rúben Dias fizera obstrução ilegal a Tomané na fase inicial da jogada. Caso a acção do central do Tondela tivesse sido penalizada com pontapé de penálti, o VAR seguramente recomendaria a João Pinheiro que revisse toda a jogada. 

Noite má em Alvalade
Em Alvalade, noite infeliz de Tiago Martins. O internacional lisboeta, recém-regressado de viagem longa (e de um jogo disputado) no Chipre, não esteve ao nível do que já nos habituou.
A sua gestão disciplinar foi incoerente (amarelos por exibir a Jovane Cabral e Eustáquio, que protagonizaram entradas negligentes sobre adversários), algumas faltas por assinalar em lances aparentemente claros e duas más decisões, ambas com impacto directo nos jogadores e equipas.
Na primeira, Bruno Gallo teve entrada duríssima e bem negligente sobre Acuña (um pé na bola, que também acertou no tornozelo do argentino) e por isso merecia cartão amarelo. Amarelo mas não vermelho. O desenho inicial da jogada e da sua impetuosidade sugeriam, de facto, a expulsão directa, mas as imagens repetidas mostraram que essa decisão foi errada. Este era lance para ter ajuda do seu videoárbitro.
Na segunda, decisão errada, claramente motivada pelo facto de Tiago Martins ter antes avisado William para não agarrar Bas Dost. No entanto, e apesar de ter colocado o braço na sua cintura, o defesa do Desportivo de Chaves não o agarrou, não o empurrou nem impediu, com isso, que o holandês se movimentasse na área flaviense.
Foi de tal forma assim, que o próprio Bas Dost colocou depois o braço direito sobre o ombro/pescoço de Marcão e desviou Maras do lance. São os chamados lances de “contacto na marcação" homem a homem, que o futebol entende e aceita como legais.
Neste tipo de situações, os penáltis só devem ser assinalados quando as infracções dos defesas forem claras e inequívocas. Os árbitros sabem disso. A surpresa de todos os jogadores - Bas Dost incluído - foi elucidativa do erro de avaliação do árbitro lisboeta.
Uma noite “menos” de um árbitro que tem muitas de “mais”."


PS: A forma como semana após semana Duarte Gomes, consegue descobrir faltas contra o Benfica, em jogadas que terminam com penalty's não assinalados a favor do Benfica, é extraordinário... É ma verdadeira arte, a arte da espinha torta!!!!

2 comentários:

  1. "Duarte Gomes, encontros com Pinto da Costa 
.

    Afilhado de Guilherme Aguiar quando este era Secretário Técnico da Liga.
    Decorria a época de 2003/04 a célebre temporada em que FC Porto pela mão de Mourinho e do Apito Dourado levantaram a Liga dos Campeões, o Sporting delocava-se ao Bessa e era derrotado pelo Boavista por uma arbitragem vergonhosa, mas a história não se fica por aqui e 1 dia antes da visita do Sporting ao Bessa, Duarte Gomes, sim o mesmo que viu um fantasma empurrar Jardel e assinalar penalty num clássico da Luz, e expulsou Alcides num ano de título quando supostamente Liedson isolado só com o guarda-redes pela frente ainda tinha uns quantos defesas à sua frente...

    Visitou a casa de Pinto da Costa na Madalena para combinar o resultado e garantir em caso de vitória do Sporting sobre o Boavista um resultado favorável ao FC Porto, e como garantia desse resultado favorável receber um envelope “vazio” com 2500 euros do costume.

    A visita de Duarte Gomes à casa de Pinto da Costa, consta dos dossiers e escutas que o Ministério Público entregou aos Juízes do caso Apito Dourado, escutas essas que a imprensa nacional teima em omitir e esquecer e permite os mesmos de sempre continuarem a apitar pelos estádios da principal liga do Futebol Português."


    As memórias do Apito Dourado.

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