Últimas indefectivações

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Recomeçar


"No início desta temporada tínhamos um treinador que, em dois anos, havia conseguido um 1.º e um 2.º lugar no campeonato, bem como duas presenças nos quartos-de-final nas provas europeias (uma delas na Champions League). Nesse contexto, era natural que fosse dada a Schmidt uma nova oportunidade para demonstrar que podia voltar aos registos de 2022/23. E a pré-temporada até parecia apontar nesse sentido.
É fácil fazer prognósticos no fim do jogo. Se naquela altura a demissão do treinador alemão dividiria opiniões no seio dos benfiquistas (eu, confesso humildemente, era dos que defendiam a continuidade), depois de quatro jornadas em que os resultados, e sobretudo as exibições, deixaram muito a desejar, tornou-se impossível mantê-lo, sendo a saída óbvia, consensual e até imperativa. Uns dirão que saí tarde demais (e agora é muito fácil dar-lhes razão). Outros, nos quais me incluo, entendem que saiu quando se tornou evidente que era preciso mudar. As decisões são tomadas com os dados de que se dispõe a cada momento, e há que dizer que, no final da última temporada, não estava totalmente claro que o treinador fosse parte do problema ou parte da solução - além dos custos associados ao despedimento, e que, obviamente, também teriam de ser tidos em conta.
Com 30 jornadas por disputar, e a depender apenas de si próprio, o Benfica tem tempo para inverter a situação em que a derrota de Famalicão e o empate de Moreira de Cónegos o deixaram. Mas não tem tempo a perder: há que entrar com tudo, esperando-se que o efeito da chicotada psicológica se faça sentir no imediato, ou seja, já na próxima jornada.
Mais do que nunca, é importante que os benfiquistas apoiem o novo treinador, e se unam em torno da equipa. É essa a única via para alcançar os resultados que todos pretendemos."

Luís Fialho, in O Benfica

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