"O acolhimento de refugiados é um dos principais desafios das democracias evoluídas. A Europa, muito em particular, confronta-se com a enorme atração que exerce sobre imigrantes e refugiados e com a necessidade de garantir a sua integração social económica para lá da vocação e apoio humanitário. Isso é crucial em todos os países e talvez ainda mais em Portugal, ele próprio com índices de pobreza e problemas sociais bastante severos.
Por isso é preciso saber acolher e aproveitar as oportunidades que migrantes e refugiados também nos oferecem, muito em particular ao nível de renovação demográfica e do fornecimento de mão de obra. Em benefício de todos importa criar condições para a contribuição efetiva destas pessoas para o PIB e para a sustentabilidade da Segurança Social.
Tudo isto é possível e até benéfico para o nosso país além de permitir a estas pessoas com histórias trágicas de vida um novo futuro em paz e harmonia, que é aquilo que procuram.
Mas para isso é preciso saber acolher pessoas em situação temporária de elevada fragilidade, com stress pós-traumático à mistura com medo, vergonha e barreiras linguísticas e culturais enormes.
Nos primeiros tempos há uma coisa que é universal e comunica a sério com todos os seres humanos, e essa coisa é uma bola com tudo o que dela se pode fazer na aproximação e reconstrução de pessoas.
Tal é o poder e a contribuição do futebol para este desígnio nacional e europeu de saber acolher e aproveitar o capital humano que nos chega por infortúnio e de paragens tão distantes."
Jorge Miranda, in O Benfica
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