"A deslocação a Barcelos não costuma ser nada fácil. E nas circunstâncias actuais, já depois de uma derrota no Bessa que nos deixou desde logo a 3 pontos dos principais rivais, tendo pela frente uma equipa sólida, aguerrida e muito bem orientada (por um treinador que na época passada, então ao serviço do Chaves, nos venceu), e num momento em que a nossa equipa ainda está a assinalar alguns dos novos reforços, diria mesmo que se trata de um jogo de altíssimo risco.
Deve dizer-se que, até agora, globalmente, o Benfica em nada desiludiu. Venceu a Supertaça com toda a justiça, sendo claramente superior ao adversário (e logo que adversário...) durante dois terços do tempo de jogo; ganhou em casa por 2-0 ao Estrela da Amadora numa partida em que podia ter goleado, dado o elevado número de oportunidades claras de golo que construiu; e a única derrota aconteceu fruto de uma noite tremendamente acidentada, onde tudo o que podia correr mal... correu - a expulsão, o critério do árbitro, os postes, os momentos dos golos, e pior exibição de Vlachodimos com a camisola do Benfica, e mais alguns erros individuais, situações que, cumulativamente impediram um triunfo que, além de natural, seria inteiramente merecido.
É preciso dizer também que o azar do Bessa está a ser o espelho da sorte que os nossos rivais têm tido nestas duas primeiras jornadas. Nós perdemos uma partida que vencíamos aos 89 minutos, Sporting e FC Porto venceram jogos aos 90+9' e 90+10', respetivamente. E no caso dos rivais lisboetas, ganharam na jornada seguinte com um golo reconhecidamente irregular. Nenhum deles mostrou qualidade futebolística particularmente elevada.
Como nem a sorte nem o azar são eternos, as coisas vão mudar. Não podemos é deixar cavar diferenças que mais tarde se tornem irrecuperáveis."
Luís Fialho, in O Benfica
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