"Várias áreas do conhecimento, como a economia e a gestão, têm reflectido sobre o futebol profissional e o aumento das suas exigências, como prova o crescente número de estudos e artigos de opinião disponíveis, nomeadamente na UEFA.
Este é mais um claro indicado de que a dimensão económica do futebol assume uma importância cada vez maior, podendo mesmo ser considerada uma indústria com notória representação nos diversos países e com evidente mobilização de recursos humanos, de forma directa ou indirecta, no mercado de trabalho. Se, no passado, o rendimento desportivo constituía o único fim a atingir, para satisfação dos associados e dos adeptos do clube, hoje, o equilíbrio entre o resultado desportivo e o resultado financeiro deveria ser orientação estratégica a privilegiar, de modo a manter a satisfação dos simpatizantes do clube, o interesse dos accionistas e a viabilização da organização desportiva.
Esta nova concepção implicou que a gestão do futebol deve equacionar sempre dois vectores de actuação: por um lado a vertente desportiva; por outro lado a vertente comercial. Isto é, quando falamos na gestão do espectáculo do futebol, ele deve ser analisado enquanto jogo e enquanto negócio.
Estes são, aliás, os pontos de vista base, responsáveis por alguns conflitos nas equipas multidisciplinares de gestão do futebol nas diversas organizações. Se uns, os gestores, que dominam as ferramentas para intervir e potenciar a gestão do negócio, desvalorizam alguns aspectos do jogo, outros, os protagonistas do jogo, fiéis à cultura do futebol e aos seus códigos de conduta muito particulares, consideram os primeiros como intrusos e até mesmo "oportunistas". Vamos procurar saber."
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