"Recordo-me de passar férias no México, em Cancún, e ao entrar num bar ser interpelado por um indivíduo que, ao ver-me com a camisola do Benfica vestida, me chamou de imediato. Palavra puxa palavra, vim a saber que o senhor, mexicano, tinha amigos em Portugal, no Norte, em Vila Verde, na freguesia de Vila de Prado. Descobri, assim, a 7500 Km de casa, um mexicano com quem eu tinha um amigo em comum. Interessante, mas nada de inédito.
Já tivemos, quase todos nós, conhecimento de episódios deste género, mas há alguém que nunca vivenciou algo idêntico: Diogo Faria, o co-autor daquele livro que aborda mil e uma suposições - onde lamentavelmente o café com leite e a fruta ficaram esquecidos -, escrito pelo funcionário do ano do FCP em 2017.
Durante esta semana, a comunicação social divulgou que Rui Pinto, hacker suspeito de ter pirateado o correio electrónico do Benfica, foi colega de curso de Diogo Faria na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e Diogo, que é também comentador do Porto Canal, apressou-se a negar qualquer proximidade entre ambos, assegurando a inexistência de amizades em comum.
Há quem vá encontrar pessoas com quem partilha amigos em comum do outro lado do mundo; Carlos da Maia e Maria Eduarda, protagonistas de Os Maias, aprenderam, inclusive, que é possível conhecer de repente alguém com quem até se partilha a mesma mãe; Diogo Faria afirma, com toda a certeza, que não partilha rigorosamente nenhuma relação de camaradagem com um sujeito com quem até já partilhou a mesma sala de aula.
Diogo e Rui não se veem há cinco ou seis anos, mas se as coincidências não forem coincidências, talvez se reencontrem e partilhem a mesma cela."
Pedro Soares, in O Benfica
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