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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

O 'stop' a Kokçu num Benfica permissivo sem Florentino


"Turco continua sem se adaptar ao modelo de jogo no Benfica

O resultado acabou por ser expressivo, porém os primeiros 45 minutos do Benfica diante do Estrela da Amadora foram pouco convincentes.
É verdade que o conjunto de Roger Schmidt chegou ao intervalo a vencer, porém a produção atacante foi escassa e os dois golos surgiram de dois lances com elevada carga individual: cruzamento de Di María para uma boa desmarcação, domínio com o peito e finalização de bicicleta de Arthur Cabral; passe no limite do avançado brasileiro para uma, não tão frequente quanto isso, boa definição de Rafa no momento da finalização.
Com bola, as águias estiveram sempre demasiado estáticas. Não promoveram combinações pelos flancos, onde a contínua falta de largura se acentuou esta época com Aursnes e Morato como laterais, naturalmente menos eficazes perante blocos baixos, por culpa de limitações técnicas e de velocidade evidentes.
Já o Estrela, com seis elementos no meio (três centrais, dois médios-centro e o ponta de lança) e boa pressão sobre o portador, dificultava também a progressão em apoio pelo corredor central.
Além disso, aliado a uma primeira parte para esquecer de Otamendi, com vários erros comprometedores, a equipa de Roger Schmidt foi extremamente permissiva aos ataques rápidos e transições ofensivas dos tricolores. Novamente com os setores muito afastados, sobressaiu a falta de timing de Kokçu na abordagem a esses momentos. Parece tão ou mais perdido no relvado hoje quanto estava quando chegou à Luz.
Uma equipa que não se sente confortável defensivamente dificilmente terá um compromisso total na pressão alta e na reação à perda, e se partirá em duas. Com João Neves a ter de acorrer a demasiados fogos, os locais chegaram o 1-0 e ameaçaram o segundo antes da reação do Benfica. Valeu Trubin.
Se Roger Schmit costuma mudar tarde, desta vez decidiu-se logo ao intervalo. O turco saiu, entrou Florentino e, finalmente, a equipa começou a ganhar a bola mais alto no terreno. Capaz de pressionar em vários locais e recuperar a bola, colocando de imediato a equipa na cara do golo, o médio português foi naturalmente decisivo para o bem melhor segundo tempo das águias.
À entrada de Florentino junta-se ainda expulsão de Regis e a subida de Aursnes para a posição que melhor sabe desempenhar, com o regresso de Bah, além da libertação de João Neves para a organização. Apesar de uma outra jogada perigosa do Estrela, os encarnados podiam ter construído um resultado ainda mais volumoso do que o 4-1 final.
É difícil imaginar um Benfica bem-sucedido sem Florentino em campo, seja na Liga ou na Europa. Não resolve todos os problemas, porém definitivamente soluciona alguns.
De Kokçu também não haverá grandes dúvidas. Ou o turco entra num esquema diferente ou terá de ser encontrada outra posição para ele. Terceiro médio? Médio a entrar da esquerda? Ali, definitivamente, acrescenta mais fragilidades que soluções, e não há sinais de evolução.
A grande diferença para os rivais é essa. Sérgio Conceição decifrou o puzzle criado por Otávio e Rúben Amorim não tem dúvidas onde cada pedra encaixa. Schmidt tem certezas de que já muita gente duvida."

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