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quinta-feira, 1 de junho de 2023

Rui Costa, o 'príncipe de Florença'


"Rui Costa, o "príncipe de Florença". É ele o principal responsável deste Benfica. Jorge Jesus dizia que, na estrutura do Benfica, o Rui Costa era a pessoa que mais percebia de futebol. JJ estava certo. Teve olho de lince para contratar Roger Schmidt. Um antigo engenheiro da Benteler, em Salzburg, amante do futebol ofensivo. Viu nele alguém capaz de incorporar a filosofia do futebol do Benfica de Eriksson. Mas Rui Costa é alguém muito especial. Dos últimos românticos do futebol. Não há muitos. Foi sempre um exemplo, a sua conduta como benfiquista. No verão quente de 1993, quando o Sporting tentou oferecer-lhe mais do dobro do que ficou a ganhar no Benfica, não hesitou (ao contrário de JVP) e continuou no glorioso. No ano seguinte, após o Benfica ganhar o campeonato de 1994, podia ter ido para aquela que era, na altura, a dream team europeia, o Barcelona, mas foi para a Fiore (que, na altura, tinha acabado de subir de divisão) porque o Benfica lucrava mais com esse negócio. Em 2006, apesar de "tapado" pelo Kaká (que acabou por ganhar a bola de ouro nesse ano), podia ter continuado a usufruir de um contrato milionário em Milão, mas decidiu voltar ao Benfica. Enquanto jogador colocou sempre os interesses do clube à frente dos seus.
É desta fibra que se faz um clube como o Benfica. Eu nunca vi o Rui Costa jogar na primeira passagem pelo clube (1991-1994), era muito novo, mas vi-o jogar na seleção nacional e aquilo que ele mostrava em campo era o que mostrava fora dele. Um romântico do futebol, um lírico. Assim se explica que tenha ido para uma cidade como Florença, a romântica cidade da Toscânia, o epíteto do bom-gosto. Se hoje sou do Benfica não é tanto pelo Rei Eusébio (de quem apenas ouvi falar) mas mais pelo Rui Costa. Foi com ele que aprendi o que era o sentimento pelo Benfica. É, por isso, de louvar quando surgem novos jogadores, da formação do Benfica, com este tipo de sentimento. Para incutirem nas novas gerações, que nunca viram as velhas glórias jogarem, essa "chama imensa, que nos conquista e leva à palma a luz intensa". Bernardo (Silva) é dessa estirpe. Alguém que vive o clube, em Portugal ou no estrangeiro. É por eles que ganhamos."

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