"7 Jogos, Quase Todos Eles Decisivos Para As Águias
Outubro foi de assombrações para Jorge Jesus em 2021-22: foi a dia três que começou a derrocada do SL Benfica, naquela derrota na Luz frente a um Portimonense às cavalitas dum inspiradíssimo Samuel Portugal, o responsável pelo término da sequência de… sete vitórias consecutivas. Roger Schmidt chega agora ao mesmíssimo momento, com as circunstâncias a serem idênticas também na Europa: se no ano passado se afigurava o duplo confronto frente ao colosso do grupo, Bayern – que deu um 2-9 agregado para os bávaros… -, este ano a dose dupla é com o PSG, que todos esperam ser diferente. Até porque há bem mais futebol e, pelo menos, um onze mais forte.
Se Jesus ficou assombrado com o Outubro e cedeu às maldições em Dezembro, Roger Schmidt tem outra motivação para continuar a perfeita sequência que tem conquistado: igualar o recorde de Sven Goran Eriksson, o tal das 15 vitórias consecutivas – para isso, tem obrigatoriamente que ganhar no dia 1, no castelo de Guimarães – a um Vitória periclitante – e ao PSG em casa, no dia 5.
Entre esse primeiro confronto com Mbappé, Neymar e Messi e o de volta, dia 11 em Paris, há a recepção ao Rio Ave do perspicaz Luís Freire, o que impede grandes intenções de gerir a equipa e dar minutinhos aos mais descansados. Portanto, até essa pausa para Taça de Portugal, que a 3.ª eliminatória jogar-se-á nesse fim de semana de 15/16, é tudo seguido – dia 1, 5, 8, 11. E tudo a puxar ao máximo pela equipa, como será o outro sprint na segunda metade do mês: e por isso a importância vital desta eliminatória da Taça, que será benesse se jogada frente a conjunto de escalão inferior.
É que lá está, sexta-feira, dia 21, inicia-se outra diabólica procissão por esses relvados fora com a visita ao Estádio do Dragão, onde se espera um duelo de susto pelo topo da tabela (difícil perceber com que nível lá chegará o FC Porto, dependente do jogo com o SC Braga). Quatro dias depois, o verdadeiro match-point encarnado na Liga milionária – a recepção à Juventus, no dia 25, que talvez já seja uma outra, sem Allegri ou tantos intérpretes na enfermaria.
O mês termina a 31 com o Halloween e o Benfica pode comparecer às celebrações, já que joga a 29 com o Chaves de Vítor Campelos na Luz (e depois só joga a 2 de Novembro com o Maccabi). Que é uma equipa muito competente e que sabe bem o que fazer para dar luta, mas não é descabido afirmar que talvez seja o compromisso mais acessível do calendário para este mês. Contas feitas, sete jogos, quatro deles em casa: decide- se a continuidade europeia e o título português para o Benfica neste precoce mês de Outubro, que tão cedo na época tem total preponderância na definição dos próximos nove meses.
E O Do PSG, Como Vai Ser?
Os comandados de Galtier, com 11 jogos completados até agora – e dez vitórias – cumprem as contas internas de Outubro quase só contra equipas na cauda da tabela: Nice, a dia 1, é agora 13.º classificado; O Reims, que recebe os parisienses entre os confrontos destes versus Benfica, é 17.º na Uber Eats; Ajaccio é último classificado e Troyes, o último oponente de Outubro, é 10.º.
Portanto, o calendário do PSG só dificulta na segunda semana, quando recebe no Parque dos Príncipes o Benfica e o rival de sempre, o Olympique marselhês de Igor Tudor, Guendouzi e Gerson – que até agora na Ligue 1 é segundo classificado, zero derrotas em oito jogos.
Será seguramente aí o tira-teimas em relação ao estofo dos da Côte d’Azur, que ao contrário da perfomance interna, têm passado vergonha na Europa: só uma vitória tangencial frente ao Olympiakos, em Dezembro de 2020, impede que a equipa registe um score de 16 derrotas consecutivas na principal prova europeia.
E Que Tal A Juventus?
Os italianos têm duas vitórias na época e estão no 8.º lugar da Serie A, portanto todos os confrontos do mês serão essenciais para o futuro da equipa: o Bolonha, 16.º classificado, é adversário no dia 2, a visita a San Siro para defrontar o Milan é dia 8, o dérbi de Turim é dia 15; antes de visitarem a Luz a 25, os italianos recebem o Empoli, 14.º classificado, a 21, e deslocam-se depois a Lecce, casa do actual 15.º classificado.
Não se anteveem grandes sucessos, principalmente sem os contributos de Kaio Jorge, Pogba, Miretti ou Chiesa numa fase inicial e principalmente devido às comoções entre equipa e adeptos: o último episódio, quando Bonucci foi acusado pelos tiffosi de ser um “mau líder”, traduz o ambiente de cortar á faca que pode precipitar a ruptura total com Massimiliano Allegri, o primeiro mártir numa eventual persistência da mediocridade."
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