"O Benfica retificou o desaire de Zageb e marcou lugar no sorteio dos quartos de final da Liga Europa. Precisou de 120 minutos, é certo, para retirar dúvidas quando a uma superioridade futebolística que não devia ter sido posta em causa, mas prestigiou o nome do clube na UEFA e ajudou a um melhor ranking português, num contexto em que o nosso mais directo adversário, a Rússia, perdeu os derradeiros dois representantes, Zenit e Krasnodar.
Bruno Lage viu-se obrigado a gerir recursos, poupou até poder Grimaldo, Jonas e João Félix, mas acabou por ter de recorrer aos seus préstimos, tão notória era a incapacidade de vislumbrar sucesso sem uma verdadeira capacidade atacante. Por um lado, poderá dizer-se que, de olhos postos no difícil jogo do próximo domingo, em Moreira de Cónegos, a contar para a competição que mais interessa ao Benfica ganhar na presente temporada, o desgaste a que essas pedras nucleares do Benfica foram chamadas constituiu um desvalor. Mas por outro, mais importante do que o primeiro para quem conhece os movimentos mais profundos de um balneário, recuperou o elã vitorioso que encalhara em Zagreb e frente ao Belenenses SAD, criando, a montante e a jusante, razões de optimismo que tornam um grupo mais forte. Na gíria do futebol, há uma máxima que diz que «vitórias puxam vitórias», salientando-se nela a importância de um astral positivo nos sucessos pretendidos. E foi isso que o Benfica ontem, acima de tudo, conseguiu: a equipa de Bruno Lage investiu algum esforço físico suplementar, esperando um retorno feito de juros altos, em forma de confiança reforçada..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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