"Custou muito a noite de segunda-feira. Em vários sentidos. Custou porque o adversário chegou bem preparado, jogou sem medo, ganhou duelos, criou perigo, defendeu quando tinha de defender, queimou tempo quando precisou, e a coisa estava malparada até à hora de jogo. Foi custoso, de facto. Depois de tudo parecia tranquilo com Jonas a fazer de abre-latas brasileiro em vez de canivete suíço. E ainda melhor ficou com aquele remate de raiva de Samaris a que André Almeida deu um toquezinho. Estava resolvido, não havia dúvidas. O adversário estava em KO técnico.
Só que não.
Saído de uma encruzilhada com galinhas pretas, bonecos de vudu e garrafas de cachaça do Calor da Noite, veio um livre colocado que era fácil de defender. Vlachodimos pensou que era tão fácil, que seria melhor desviar-se para deixar a bola passar e ganhar o pontapé de baliza. Pensou mal, só acontece a quem lá anda. Ficou incrédulo - ficámos todos -, pediu desculpa, e o estádio veio abaixo num aplauso digno da Catedral.
E depois foi Rúben Dias a tocar a bola com pouca força e a oferecer o ouro ao bandido, como se tivessem puxado a perninha do boneco haitiano. E assim se foram os únicos dois pontos que o SL Benfica estava autorizado a desperdiçar até ao fim do campeonato. Andam felizes os antis. Não sei porquê, basta repetir esta serie de 9 vitórias consecutivas (interrompidas pelo empate com estes azuis que já ninguém sabe de onde são) para voltarmos ao nosso salão de festas. Eu acredito."
Ricardo Santos, in O Benfica
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