"À imagem do que tinha sucedido em Istambul, o Benfica apresentou-se em Zagreb a dizer que o mais importante para esta época é vencer a Liga portuguesa. Identificado este paralelismo, que tem raízes nas equipas alternativas enviadas para dentro das quatro linhas, permitindo alguma poupança em jogadores-chaves, o jogo, na Turquia, correu muito bem aos encarnados, o outro, na Croácia, correu muito mal. Em Zagreb não esteve o baby Benfica irreverente e alegre, cheio de futebol e magia, visto em Istambul, mas um conjunto com manifestas dificuldades de articulação da bola e com escassa qualidade na circulação da bola e com profundidade quase nula. Há noites assim, provavelmente a equipa de de Bruno Lage pagou o preço do desgaste físico e emocional da vitória no Dragão e acabou por defraudar as expectativas de quem pensava que daqui para a frente ia ser ópera em todas as sessões.
De qualquer forma, a desvantagem é recuperável na Luz e o Benfica pode subir mais um degrau na Liga Europa; todavia, sem poder sentar-se em duas cadeiras ao mesmo tempo, o normal é que seja mantida a escolha de colocar todos os ovos no cesto da Liga.
Da noite cinzenta de Zagreb nasceu mais uma preocupação para os encarnados, a lesão de Seferovic. Disse-o, em A Bola TV, e escrevi-o, neste mesmo espaço, que ter deixado sair Ferreyra e Castillo sem ir buscar um ponta de lança rompedor como Seferovic era um risco que podia comprometer a época. Hoje, com o suíço em estado periclitante e com Jonas (que é um jogador diferente...) também entre algodões, Lage, sem mais coelhos para tirar da cartola, vive com o coração nas mãos."
José Manuel Delgado, in A Bola
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